Moradores de Minas Gerais faturam com a inusitada locação de pés de Jabuticaba

A jabuticaba, conhecida como "Ouro Negro", tornou-se mais do que apenas uma delícia sazonal em Sabará, Região Metropolitana de Belo Horizonte. Com safras ocorrendo três vezes ao ano, o fruto é agora uma fonte de renda vital para muitos moradores. Na tradição local, os habitantes "alugam" os pés da fruta, permitindo que os amantes da jabuticaba desfrutem da colheita diretamente da árvore.

Elaine Torres, uma empreendedora local, conta que em sua família, o aluguel das árvores começou ainda em 1980, graças à iniciativa de sua avó. "A jabuticaba faz parte da minha vida desde minha infância. Minha vó e minhas tias faziam a negociação. Com o dinheiro dos aluguéis dava para pagar o imposto do terreno e o que sobrava era dividido entre os familiares", relata Elaine.

Investindo em "Ouro Negro"

Para aqueles interessados em desfrutar da fruta no local, os preços são:

• Pessoas acima de 12 anos: R$ 50
• De 6 a 11 anos: R$ 25
• Crianças até os 5 anos não pagam

Entretanto, se o desejo é colher todas as frutas de um pé e levá-las para casa, uma taxa de R$ 300 é cobrada. Além de alugar as árvores, Elaine aproveita a versatilidade da jabuticaba, produzindo mais de 40 produtos diferentes, incluindo licor, geleias e sorvetes.

Almira de Moraes, servidora pública, também se beneficiou da tradição. Durante os picos de outubro e novembro, ela recebe até 200 visitantes por dia em seu quintal, cobrando entre R$ 150 a R$ 1.000 pelo aluguel das árvores. "O ideal é que a reserva seja feita ainda em setembro", recomenda Almira, evidenciando a alta demanda.

37º Festival de Jabuticaba

Sabará não celebra apenas o aluguel das árvores. O 37º Festival de Jabuticaba, agendado para os dias 17, 18 e 19 de novembro, promete ser uma celebração grandiosa da fruta. Produtores, chefs e entusiastas se reunirão para compartilhar experiências, sabores e conhecimento no coração da cidade da jabuticaba: Sabará, MG.