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Cachorrinha vira-lata é atacada por pitbulls durante passeio

Animal foi gravemente ferido por dois pitbulls durante passeio no Jardim Itatiaia; caso reforça necessidade de responsabilidade dos tutores e prevenção de ataques.

29/10/2025 às 07:44 por Redação Plox

Uma cachorrinha vira-lata ficou gravemente ferida após ser atacada por dois pitbulls durante um passeio com a família no Jardim Itatiaia, em Campinas (SP), no final da tarde desta terça-feira (28). O momento foi registrado por uma câmera de segurança.

Imagens de uma câmera de segurança capturaram o ataque de pitbulls a um vira-lata em Campinas (SP) nesta terça-feira (28)

Imagens de uma câmera de segurança capturaram o ataque de pitbulls a um vira-lata em Campinas (SP) nesta terça-feira (28)

Foto: Reprodução

Surpresa durante passeio em área pública

De acordo com Paulo Henrique Gressoni, que estava acompanhado de seus dois cães, Linda (a vira-lata) e Duke (um buldogue francês), o ataque aconteceu por volta das 16h30. Ele relata que costumava passear com os animais ao final da tarde em uma praça bastante frequentada por moradores do bairro.

Como de costume, eu passeio com meus cachorros todo final de tarde, por uma praça, onde as pessoas, crianças e toda a população do bairro tem acesso. Quando fui surpreendido por dois pitbulls que atacaram o meu bulldog e a minha vira-latinha – Paulo Henrique Gressoni

O tutor conseguiu erguer Duke no colo e o buldogue não sofreu ferimentos. No entanto, Linda não teve a mesma sorte e foi alvo de mordidas intensas durante o ataque.

Ele atacou ferozmente, covardemente, pela jugular da cachorra mesmo. Ele mataria ela (Linda). Ela conseguiu escapar e fugiu – Paulo Henrique Gressoni

Consequências do ataque e medo após o incidente

Segundo relatos da família, Linda chegou a perder pedaços do corpo devido aos ferimentos provocados pelas mordidas. Ela foi levada rapidamente ao veterinário, medicada e agora segue em recuperação em casa, com retorno ao consultório marcado para daqui cinco dias.

Os animais eles não são racionais, né? Racional é o dono, então o dono desses cachorros deveriam mantê-los sob cuidado. E jamais estar na rua do jeito que estavam, né? – Paulo Henrique Gressoni

Lucca Gressoni, filho de Paulo, tem buscado identificar os responsáveis pelos pitbulls enquanto segue prestando cuidados a Linda e a Duke. A experiência deixou a família apreensiva com futuros passeios.

Nosso receio agora é de sair para passear, uma simples passeada quase nos custou a vida da nossa cachorra – Lucca Gressoni

A família ficou abalada e teme voltar a sair com os animais após o episódio.

Pitbulls: características da raça e o papel do tutor

Em uma reportagem anterior, Gilberto Leandro Júnior, adestrador comportamental formado em psicologia canina, destacou que o pitbull é uma raça forte, resistente e muito enérgica, criada originalmente para atividades de combate. No entanto, isso não significa que o animal seja, por natureza, agressivo.

De acordo com o adestrador, quando os pitbulls recebem manejo adequado desde filhotes, com socialização e estímulos físicos e mentais regulares, podem se tornar animais equilibrados, obedientes e afetuosos. Ele alerta que a agressividade geralmente está relacionada a falhas humanas, como ausência de socialização e reforço de comportamentos inadequados.

A agressividade, na maioria das vezes, é resultado de falhas humanas, como a falta de limites, ausência de socialização e reforço de comportamentos inadequados. Ou seja, o problema está na forma como o cão é criado, e não na raça em si – Gilberto Leandro Júnior

Orientações para prevenção de ataques

O especialista ressalta ser fundamental estabelecer regras claras e uma rotina estruturada para os cães, evitando tratá-los como bebês. Respeitar o tempo do animal, criar vínculos positivos e buscar orientação profissional desde cedo figuram entre as principais recomendações para evitar situações como a vivida por Linda.

O pitbull é um cão que precisa de uma família ativa, disposta a oferecer rotina, exercício e regras claras. Não é indicado para tutores negligentes, sedentários ou que desejam apenas um cão de guarda. É um cão que exige presença, conhecimento e dedicação – Gilberto Leandro Júnior

Veja algumas dicas do adestrador:

  • Procure orientação profissional logo no início da adoção;
  • Evite deixar crianças pequenas sozinhas com qualquer cão;
  • Estabeleça uma rotina com regras claras para o animal;
  • Socialize o cão desde cedo, de forma positiva;
  • Respeite os sinais do animal e nunca force interações desconfortáveis.

A educação dos tutores e o respeito à natureza dos cães são essenciais para garantir a convivência segura e prevenir novos ataques.

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