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A escolha do nome do bebê costuma ser um desafio para muitos pais. Além das preferências pessoais, é importante considerar o impacto que o nome pode ter no futuro da criança.
No Brasil, os cartórios têm a prerrogativa de rejeitar o registro de certos nomes de bebês que possam colocar a criança em situação de constrangimento
Foto: Reprodução/PupilasReborn
A cantora canadense Grimes, que tem dois filhos com Elon Musk, fez uma escolha pouco convencional ao mudar o nome da filha caçula. Inicialmente chamada de Exa, a menina agora atende por “Y”, alteração anunciada pela artista em uma resposta a uma fã nas redes sociais.
Grimes comentou sobre a pronúncia do novo nome e indicou que a menina poderia ser chamada, inclusive, apenas por um ponto de interrogação— “?”. Entretanto, reconheceu que tal escolha seria inaceitável pelas autoridades por ser extremamente excêntrica.
A decisão ilustra como a escolha do nome pode levantar questionamentos legais e culturais em diferentes países.No Brasil, há regras específicas para registro de nomes em cartórios. Nomes considerados capazes de expor a criança ao ridículo podem ser rejeitados pelos oficiais do registro civil. Dessa forma, nomes como “Y” teriam poucas chances de ser aprovados no país, embora seja possível recorrer à Justiça nesses casos.
“Caso os pais solicitem, o nome pode ser encaminhado à apreciação judicial, e assim, o juiz corregedor permanente decidirá pela aceitação ou negação do nome. A intenção da lei é proteger a criança e evitar que a liberdade de escolha dos pais traga problemas para o filho no futuro” – Andréia Ruzzante Gagliardi, diretora de comunicação da Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Estado de São Paulo (Arpen-SP)
Se a intenção dos pais não é inovar demais no nome escolhido, o processo de alteração pode ser simples. Segundo especialistas, é possível fazer a mudança diretamente nos cartórios de registro civil até 15 dias após o registro do nascimento, desde que haja consenso entre o pai e a mãe.
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