Polícia

Policial civil morto em megaoperação no Rio de Janeiro tinha apenas dois meses de carreira

Ação registrada como a mais letal do estado resulta em mortes de quatro agentes e feridos nas forças de segurança; autoridades pedem doação de sangue.

29/10/2025 às 09:11 por Redação Plox

O policial civil Rodrigo Velloso Cabral, de 34 anos, foi uma das vítimas fatais da operação policial que deixou ao menos quatro agentes mortos nesta terça-feira (28/10) nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro. Cabral tinha apenas 63 dias no cargo de inspetor quando foi alvejado.

O policial Rodrigo Velloso Cabral perdeu a vida durante a operação

O policial Rodrigo Velloso Cabral perdeu a vida durante a operação

Foto: Redes Sociais


Inspetor recém-nomeado no início da carreira

Rodrigo Cabral foi oficialmente nomeado em 25 de agosto, conforme publicação no Diário Oficial do Estado. Foi designado inicialmente para a Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC), mas passou a atuar na 39ª DP, na Pavuna, em setembro. Antes de ingressar na Polícia Civil, Cabral havia concluído um curso técnico de telecomunicações em São Gonçalo.

Operação registra o maior número de mortes da história do Rio

De acordo com o governo, a Operação Contenção alcançou a marca de 64 mortes, incluindo suspeitos, civis e policiais, tornando-se a ação policial mais letal já registrada no estado.

Homenagem a policiais mortos

Além de Cabral, outro policial civil morto foi Marcus Vinícius Cardoso de Carvalho, de 51 anos, conhecido como Maskara. Recentemente promovido a chefe de investigação da 53ª DP (Mesquita), ele atuava há 26 anos na corporação e era respeitado por muitos colegas. Áudios de agentes pedindo resgate circularam entre os policiais na terça-feira.

Dois militares do Bope entre as vítimas

Dois policiais militares do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) também morreram durante a operação. Cleiton Serafim Gonçalves, 42 anos, integrava a corporação há 16 anos; Heber Carvalho da Fonseca, 39, estava na PM há 14 anos. Ambos ocupavam o posto de terceiro sargento. Heber deixou esposa, dois filhos e um enteado; Serafim, esposa e uma filha.

No hospital estadual Getúlio Vargas, para onde os agentes foram levados, o clima era de consternação e tristeza entre colegas civis e militares. Muitos choravam diante da gravidade da situação.

Mais de uma dezena de policiais ficaram feridos

Atualização divulgada pelas polícias até a noite de terça-feira apontava para 15 policiais feridos, sendo oito do Bope, dois do Batalhão de Ações com Cães (BAC) e cinco da Polícia Civil.

Campanha por doações de sangue

A Polícia Civil utilizou as redes sociais para pedir doação de sangue em prol de quatro agentes feridos: Bernardo Leal Anne Dias, Leandro Oliveira dos Santos, Rodrigo Vasconcelos Nascimento e Rodrigo da Silva Ferreira Soares. Eles permanecem internados no Getúlio Vargas e as doações podem ser feitas no Hemorio, no centro do Rio.

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