Não perca nenhuma notícia que movimenta o Brasil e sua cidade.
É notícia? tá no Plox
Extra
Operação policial mais letal do Rio de Janeiro deixa 64 mortos e provoca caos na cidade
Ação contra o Comando Vermelho resulta em bloqueio de vias, serviços paralisados e rotina alterada, enquanto cidade segue em alerta por novos confrontos
29/10/2025 às 07:50por Redação Plox
29/10/2025 às 07:50
— por Redação Plox
Compartilhe a notícia:
O Rio de Janeiro amanheceu sob forte clima de tensão nesta quarta-feira (29), no rastro da operação policial mais letal da história do estado. A megaoperação, realizada nos complexos do Alemão e da Penha, deixou ao menos 64 mortos — entre eles quatro policiais — e 81 presos em ações contra o Comando Vermelho. Os números oficiais podem aumentar, já que outros seis corpos foram encontrados em uma área de mata à noite, mas ainda não foram incluídos na contagem das autoridades.
Mortes são transportadas para a praça na Penha
Arquivo Pessoal
População vive medo e rotina alterada
As ruas do Rio amanheceram com circulação reduzida, reflexo do temor de novos confrontos. Escolas municipais e postos de saúde permaneceram fechados por medida de segurança, de acordo com informações locais. Moradores relatam insegurança diante da possibilidade de novos tiroteios, mesmo com a normalização do trânsito e o reforço do policiamento em diferentes pontos.
Ação teve prisões, feridos e apreensões
Segundo balanço divulgado até o momento, 81 suspeitos foram detidos e cerca de 15 agentes ficaram feridos durante a operação. Quatro moradores foram vítimas de balas perdidas — incluindo uma mulher baleada dentro de uma academia. A polícia apreendeu quase 100 fuzis, além de grande quantidade de munições e granadas.
Caos e bloqueios em diversos bairros
Criminosos, em resposta à ação policial, fecharam vias expressas importantes como a Linha Amarela e a Serra Grajaú-Jacarepaguá. Em mais de 30 pontos da cidade houve bloqueios — todas as regiões foram afetadas, exceto a Zona Sul. Comerciantes encerraram o expediente mais cedo e muitos trabalhadores enfrentaram dificuldades para chegar em casa. O transporte público, com metrôs, trens e barcas, registrou lotação, enquanto o trânsito ficou parado nas principais vias.
Clima político: críticas e cobranças
No cenário institucional, o prefeito chegou a decretar o estágio 2 de mobilização, indicando situação de alto impacto na cidade, e orientou que os serviços municipais mantivessem suas atividades. Já o governador criticou publicamente a ausência de apoio federal durante a crise, afirmando que o estado está atuando "sozinho" no enfrentamento à criminalidade.
Infelizmente, como ao longo deste mandato inteiro, não temos o auxílio de blindados nem de nenhum agente das forças federais. Essa é uma luta que já extrapolou a ideia de segurança pública. – Governador do Rio de Janeiro
O ministro da Justiça, por sua vez, negou que tenha havido solicitação oficial de apoio federal para a operação, declarando que o combate à criminalidade exige planejamento conjunto das forças competentes. Após essa manifestação, o governador admitiu que não fez um pedido formal ao governo federal, justificando que esperava uma resposta negativa. Mais tarde, pediu a transferência de dez lideranças do Comando Vermelho para presídios federais.
Reforço policial prossegue
Nesta quarta-feira, o policiamento permanece reforçado em diferentes regiões do Rio de Janeiro. A cidade segue em alerta diante da possibilidade de novos episódios de violência, enquanto as consequências da operação mobilizam debates sobre segurança no estado.
O massacre e as ações policiais colocaram a cidade em um de seus momentos mais dramáticos, com impactos sobre a rotina de milhões de moradores.
Ação de 2,5 mil agentes nos complexos do Alemão e da Penha resulta em dezenas de mortes e críticas a decisões do STF, renovando discussões sobre operações em comunidades
Ação de 2,5 mil agentes nos complexos do Alemão e da Penha resulta em dezenas de mortes e críticas a decisões do STF, renovando discussões sobre operações em comunidades