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Oruam condena megaoperação policial e questiona papel da mídia no Rio

Rapper critica ação que deixou 121 mortos, classifica episódio como maior chacina do estado e reflete sobre desigualdade e criminalidade no Brasil.

29/10/2025 às 22:53 por Redação Plox

O rapper Oruam voltou a se manifestar publicamente contra a megaoperação policial realizada no Rio de Janeiro nesta terça-feira (28/10), que deixou ao menos 121 mortos. Em declarações nas redes sociais, ele classificou a ação como um “banho de sangue” e a definiu como uma verdadeira “chacina”.

Oruam reitera suas críticas à megaoperação no Rio

Oruam reitera suas críticas à megaoperação no Rio

Foto: Reprodução: Instagram @oruam


Críticas contundentes à atuação policial

Nas publicações, Oruam expôs sua indignação com a resposta das autoridades e destacou que presenciou o que considera ser a maior chacina da história do Estado. Ele também mencionou seu próprio histórico familiar, relacionando os acontecimentos à realidade das comunidades do Rio.

28 de outubro de 2025 aconteceu a maior chacina da história do Rio de Janeiro. Meu nome é Mauro Davi do Santos Nepomuceno, mais conhecido como Oruam. Sou filho de Márcio do Santos Nepomuceno, mais conhecido como Marcinho VP. Sou reflexo da sociedade, meu pai é reflexo da sociedade, e o bandido que está portando pistola e fuzil também é reflexo da sociedade. – Oruam

Repercussão nas redes e posicionamento sobre a mídia

Oruam também direcionou sua crítica à maneira como a imprensa trata temas de segurança pública. Ele afirmou que há interesse midiático na divulgação da violência e questionou a forma como a sociedade lida com o tema.

A mídia descobriu que matar bandido vende muito, e essa política é a que mais vende no Rio de Janeiro. No Brasil, a política que mais vende é a de matar bandido.

Reflexão sobre criminalidade e desigualdade

Em seu desabafo, o funkeiro declarou que a sociedade utiliza a figura do bandido para desviar a atenção dos verdadeiros responsáveis pela criminalidade. Para ele, os problemas não estão restritos à favela, mas também em espaços de poder.

O crime não está só na favela; está também no governo, nas câmaras e em Brasília. O favelado é apenas o reflexo da sociedade.

Apoio de grandes nomes

O posicionamento de Oruam teria chamado a atenção do jogador Memphis Depay, do Corinthians, que enviou uma mensagem de apoio ao rapper em momento de grande repercussão para o tema.

Discussão amplia debate sobre violência policial

As reações às declarações de Oruam reaqueceram a discussão sobre a violência policial e os desafios do enfrentamento à criminalidade no Rio de Janeiro, tema recorrente nas redes sociais e em manifestações de artistas e influenciadores.

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