Preso em Barcelona desde 20 de janeiro, o jogador brasileiro Daniel Alves se aproxima do julgamento pelo crime sexual do qual é acusado, ocorrido em dezembro de 2022 na boate Sutton. A vítima, uma jovem de 23 anos, recentemente alterou sua decisão anterior de não buscar indenização financeira, segundo documentos divulgados pelo La Vanguardia. Este pedido de indenização vem em resposta ao impacto significativo do caso em sua vida.

Ester García, advogada da vítima, apresentou um documento em agosto, revogando a renúncia anterior da jovem à indenização. Em janeiro, a advogada havia relatado que a vítima, possuindo condições financeiras estáveis, inicialmente rejeitou a compensação financeira, focando na prisão do acusado. "Se tiver dinheiro envolvido, não vou contratar você", afirmou a vítima na ocasião.

A legislação espanhola permite que a vítima revogue a renúncia à ação civil se as consequências do crime forem mais graves do que as estimadas inicialmente. A decisão de buscar indenização surge em um contexto de graves impactos psicológicos sobre a vítima, que continua em licença médica e tratamento psicológico. Segundo a advogada, a vítima enfrenta sintomas de ansiedade e depressão, afetando significativamente seu funcionamento diário.

O Ministério Público espanhol pede uma pena de nove anos de prisão para Daniel Alves e solicita que sejam pagos 150 mil euros de indenização à vítima. Adicionalmente, propõe dez anos de liberdade vigiada após a detenção e proíbe o jogador de se aproximar ou comunicar com a vítima durante esse período. Até o momento, não há uma data definida para o julgamento do jogador.