Haddad anuncia plano que altera reajuste do salário mínimo e regras do abono salarial
Proposta visa economizar R$ 70 bilhões até 2025
Por Plox
29/11/2024 09h01 - Atualizado há 24 dias
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresentou nessa quarta-feira (27) um conjunto de medidas econômicas com o objetivo de economizar R$ 70 bilhões até 2025. As mudanças, divulgadas em rede nacional, incluem alterações no reajuste do salário mínimo, no abono salarial, nas regras previdenciárias dos militares e nas emendas parlamentares. Detalhes mais específicos serão apresentados nesta quinta-feira (28).
Entre as alterações, está a nova forma de correção do abono salarial. O benefício continuará com o teto de R$ 2.640, o equivalente a dois salários mínimos, mas será reajustado apenas com base na inflação. Com isso, aumentos acima da inflação serão eliminados.
– Esse valor será corrigido pela inflação nos próximos anos e se tornará permanente quando corresponder a um salário mínimo e meio – explicou o ministro.
Com o tempo, o abono tende a ficar abaixo de dois salários mínimos, ajustando-se de forma mais restritiva.
Reajuste do salário mínimo
O plano também prevê mudanças na regra de reajuste do salário mínimo, que será limitado pelo novo arcabouço fiscal, estabelecendo um teto de crescimento real de 2,5% acima da inflação. Segundo Haddad, a ideia é manter os aumentos reais de maneira sustentável, respeitando os limites de gasto público.
Atualmente, o cálculo do salário mínimo combina a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos anteriores. Com a nova regra, o crescimento real do PIB usado para os reajustes será limitado a 2,5%.