PM reforça segurança no Rio após prisão de líder miliciano Zinho

Operação policial intensifica vigilância em áreas críticas para prevenir ataques; cinco batalhões mobilizados

Por Plox

29/12/2023 13h25 - Atualizado há 7 meses

A Polícia Militar do Rio de Janeiro iniciou uma operação especial de segurança em áreas consideradas críticas de Santa Cruz, na Zona Oeste da cidade, após a prisão de Luis Antonio da Silva Braga, conhecido como Zinho, líder de uma notória milícia local. A ação, que começou em 26 de dezembro, mobiliza cinco batalhões e visa prevenir possíveis ataques de represália pela prisão de Zinho, capturado após se entregar à Polícia Federal na véspera de Natal.

 

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Os batalhões envolvidos na operação incluem o 27º BPM (Santa Cruz), o 9º BPM (Rocha Miranda), o 14º BPM (Bangu), o 18º BPM (Jacarepaguá) e o 41º BPM (Irajá). A operação, que se estenderá pelo menos até 2 de janeiro, foca principalmente no entorno das favelas do Complexo da Zona Oeste, como Cesarão I, II e III, e Vila Paciência. Essas áreas são consideradas de alto risco devido à sua proximidade com as atividades da milícia.

Essa medida de segurança foi motivada por temores de ataques similares aos ocorridos em outubro, quando milicianos retaliaram a morte de Matheus da Silva Rezende, o Faustão, número dois do Bonde do Zinho. Durante esses ataques, quase 40 pontos da Zona Oeste sofreram ações violentas, incluindo a destruição de ônibus, marcando o maior número de veículos incendiados em um único dia na história do Rio.

Zinho, antes de sua prisão, já demonstrava preocupações com sua segurança. Sua decisão de se entregar veio após a Operação Batismo, que revelou ligações da deputada estadual Lucinha (PSD-RJ) com sua quadrilha. Zinho é o terceiro membro da família Braga a liderar esta milícia, sucedendo Carlos Alexandre da Silva Braga, o Carlinhos Três Pontes, e Wellington da Silva Braga, o Ecko.

A situação atual na Zona Oeste do Rio permanece tensa, com a polícia em estado de alerta para quaisquer movimentos suspeitos. A operação visa garantir a segurança dos cidadãos e prevenir a escalada de violência na região, especialmente em locais de transporte público como estações de trem e do BRT, alvos anteriores da milícia.

 

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