Bolsonaro critica mudança na classificação indicativa de Chaves e Chapolin

Decisão do Ministério da Justiça altera restrições de idade para as séries exibidas pelo SBT

Por Plox

29/12/2024 07h57 - Atualizado há cerca de 1 mês

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reagiu neste sábado (28) à mudança na classificação indicativa das séries Chaves e Chapolin, veiculadas pelo SBT. A medida foi oficializada pelo Ministério da Justiça, gerando críticas e repercussão. Bolsonaro, que já declarou publicamente seu apreço por Chaves, usou suas redes sociais para ironizar a decisão do governo federal.

Ex-presidente Jair Bolsonaro Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Mudança na classificação indicativa

Até a última quinta-feira (26), as séries eram classificadas como “livres para todos os públicos”. No entanto, uma portaria publicada no Diário Oficial da União (DOU), na sexta-feira (27), redefiniu as faixas etárias recomendadas. O Ministério da Justiça determinou que Chaves passará a ser considerado “não recomendado para menores de 10 anos”, enquanto Chapolin foi classificado como “não recomendado para menores de 12 anos”.

A justificativa apresentada pelo órgão para Chaves inclui “drogas lícitas” e “violência fantasiosa”. Já em relação a Chapolin, além das “drogas lícitas”, a pasta cita a presença de “violência” como motivo para a nova classificação.

Bolsonaro ironiza decisão

Bolsonaro, um conhecido entusiasta do programa Chaves, criticou a mudança de maneira sarcástica. Em sua conta oficial, ele escreveu:

“Uma série onde os vilões se dão mal e crianças são espontâneas. Entendeu?”

A postagem gerou engajamento nas redes sociais, refletindo o debate entre os apoiadores do ex-presidente e os que defendem a nova classificação.

Impacto nos horários de exibição

A reclassificação também trouxe recomendações sobre os horários de exibição na televisão aberta. Para Chapolin, o Ministério da Justiça sugere que o programa seja transmitido apenas após as 20h. No entanto, atualmente, Chapolin já é exibido às 22h, e Chaves vai ao ar por volta das 20h45.

É importante destacar que a recomendação não possui caráter obrigatório. Desde 2016, o Supremo Tribunal Federal (STF) considerou inconstitucional qualquer imposição sobre os horários de exibição, deixando a decisão a cargo das emissoras.

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