Defesa de Braga Netto acusa Cid de mentira e descarta possibilidade de delação
Advogado do ex-ministro afirma que Mauro Cid é "mentiroso contumaz" e sugere acareação entre os dois.
Por Plox
29/12/2024 07h16 - Atualizado há cerca de 1 mês
O advogado José Luis Oliveira Lima, que representa o general da reserva Walter Braga Netto, acusou o tenente-coronel Mauro Cid de ser um "mentiroso contumaz" e descartou qualquer chance de que seu cliente venha a realizar uma delação premiada. Durante entrevista ao programa Estúdio I, da GloboNews, na sexta-feira (27), o criminalista também sugeriu que uma acareação entre Braga Netto e Mauro Cid seja solicitada, como parte da estratégia de defesa.
Acusações contra Alexandre de Moraes
Oliveira Lima aproveitou a oportunidade para criticar a participação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no caso. Ele indicou que, caso Moraes continue no processo após a apresentação da denúncia pelo Ministério Público Federal (MPF), será questionada a legalidade do julgamento.
– Caso ele [Alexandre de Moraes] participe do julgamento, no momento oportuno, terei que alegar a nulidade do julgamento com base em uma defesa técnica (…). Realmente não fico confortável, após a apresentação da denúncia, que o ministro Alexandre de Moraes, que teria sido vítima desse suposto golpe, atue no julgamento – afirmou o advogado.
Críticas à decisão de prisão
A defesa do general Braga Netto classificou como "desprovida de prova concreta" a decisão de Alexandre de Moraes de ordenar a prisão do ex-ministro por suposta obstrução da Justiça. Segundo Oliveira Lima, o ministro foi influenciado por um relatório "enviesado" da Polícia Federal.
– Preciso registrar, evidentemente, o meu respeito pelo Supremo, pela Polícia Federal e pelo ministro Alexandre de Moraes… [Mas Moraes] é humano, e humano também erra – declarou o advogado, que possui mais de 30 anos de experiência em tribunais superiores no Brasil.
Delação premiada fora de questão
Ao abordar a possibilidade de delação premiada, Oliveira Lima foi categórico ao afirmar que essa não é uma estratégia cogitada pela defesa. Segundo ele, Braga Netto não teria cometido qualquer crime e, portanto, não há o que delatar.