Polícia

Casal de turistas denuncia agressão brutal em Porto de Galinhas após contestar cobrança

Turistas de Mato Grosso afirmam ter sido espancados por grupo de barraqueiros ao se recusarem a pagar valor acima do combinado por cadeiras e guarda-sol; caso é investigado por possível motivação homofóbica

29/12/2025 às 11:45 por Redação Plox

O casal de turistas de Mato Grosso agredido por comerciantes na praia de Porto de Galinhas, no Litoral Sul de Pernambuco, afirma que a violência das agressões foi maior pelo fato de serem um casal gay. Eles estavam de férias no destino turístico quando a confusão começou após uma divergência sobre o valor cobrado pelo aluguel de cadeiras e guarda-sol. Um dos homens precisou de atendimento médico após o ataque.

Casal de turistas de Mato Grosso foi agredido por comerciantes na praia de Porto de Galinhas, no Litoral Sul de Pernambuco.

Casal de turistas de Mato Grosso foi agredido por comerciantes na praia de Porto de Galinhas, no Litoral Sul de Pernambuco.

Foto: Reprodução / Redes sociais.


De acordo com o relato, o casal se recusou a pagar um valor superior ao combinado inicialmente com comerciantes de barracas de praia, o que teria desencadeado as agressões na tarde de sábado (27). O caso foi registrado em vídeo e circula nas redes sociais.

Discussão por aumento no valor do aluguel

Os empresários Johnny Andrade e Cleiton Zanatta contaram que o dono de uma barraca ofereceu o uso de duas cadeiras e um guarda-sol por R$ 50. Ao final do período na praia, porém, o valor teria sido reajustado para R$ 80, o que gerou a discussão entre clientes e comerciantes.


Narrando o episódio em um vídeo publicado nas redes sociais, Johnny relatou que, após se recusar a pagar o novo valor, o clima na orla rapidamente se tornou hostil. Segundo ele, a recusa em aceitar a cobrança maior teria sido o estopim para a reação violenta de um grupo de barraqueiros.

Agressões e falta de socorro imediato

Os turistas afirmam que, diante da negativa em pagar R$ 80, foram cercados por vários comerciantes e agredidos com chutes e pontapés. Um dos agredidos chegou a ficar sem reação diante da quantidade de pessoas envolvidas. Cleiton tentou fugir do tumulto para pedir ajuda, mas relatou não ter encontrado apoio imediato na praia.


De acordo com o casal, o ataque envolveu um grupo numeroso de comerciantes, em meio à ausência de policiamento na faixa de areia. Eles também apontam omissão inicial de socorro por parte de equipes que estavam na região, afirmando que a intervenção só ocorreu quando a situação já era considerada extrema.

Suspeita de motivação homofóbica

Johnny declarou que acredita que a orientação sexual do casal foi um fator que intensificou a violência das agressões. Para ele, o fato de os agressores perceberem que se tratava de um casal gay contribuiu para o grau de brutalidade do ataque.


Ao relatar o que viveu, ele mencionou que Cleiton tentou conter as agressões e pediu que os comerciantes parassem, mas acabou correndo para o outro lado da praia em busca de ajuda. A suspeita de motivação homofóbica adiciona um componente ainda mais grave ao episódio, que agora será investigado pelas autoridades.

Em depoimento, eles disseram que as agressões ocorreram após eles se recusarem a pagar um valor maior do que o combinado inicial pelos comerciantes das barracas de praia.

Em depoimento, eles disseram que as agressões ocorreram após eles se recusarem a pagar um valor maior do que o combinado inicial pelos comerciantes das barracas de praia.

Foto: Reprodução / Redes sociais.

Repercussão e denúncias nas redes sociais

As imagens e relatos sobre o caso geraram grande repercussão nas redes sociais. Internautas passaram a relatar episódios recorrentes de assédio, cobranças abusivas e abordagens consideradas intimidadoras por parte de alguns barraqueiros em Porto de Galinhas, reforçando críticas à falta de fiscalização e de presença policial nas praias.


Comentários nas publicações destacam que situações semelhantes já teriam ocorrido com outros visitantes, alimentando a sensação de insegurança entre turistas e moradores. A cobrança acima do combinado, apontada pelo casal agredido, foi descrita por usuários como prática que precisa de maior controle e punição.

Boletim de ocorrência e próximos passos

O casal registrou boletim de ocorrência contra os comerciantes envolvidos. Eles reforçam que o problema não se resume à diferença de R$ 30 entre o valor combinado e o cobrado, mas à forma como se sentiram lesados e, em seguida, violentados fisicamente.

O caso, agora sob responsabilidade das autoridades locais, deve apurar tanto as agressões registradas em vídeo quanto as circunstâncias da cobrança e a possível motivação homofóbica apontada pelos turistas. A investigação também ocorre em meio à pressão pública por mais segurança e fiscalização em uma das praias mais famosas do país.

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