Não perca nenhuma notícia que movimenta o Brasil e sua cidade.
É notícia? tá no Plox
Economia
Isenção de Imposto de Renda para salários de até R$ 5 mil começa em 2026
Nova regra elimina retenção na fonte para rendas de até R$ 5 mil, cria desconto progressivo entre R$ 5 mil e R$ 7.350 e eleva tributação sobre ganhos acima de R$ 50 mil mensais
29/12/2025 às 10:11por Redação Plox
29/12/2025 às 10:11
— por Redação Plox
Compartilhe a notícia:
A nova faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês começa a valer em janeiro de 2026 e promete alterar de forma concreta o dia a dia financeiro de milhões de trabalhadores brasileiros. Para esse grupo, o fim do desconto mensal retido na fonte deve aparecer já no primeiro contracheque do ano, aumentando o valor que efetivamente cai na conta.
Trabalho
Foto: Pixabay
Na prática, o dinheiro que antes ficava com o Fisco passa a permanecer com o contribuinte ao longo dos 12 meses. Em muitos casos, a soma dessa economia anual se aproxima de um 14º salário, abrindo espaço para quitar contas, reorganizar despesas e planejar metas com mais tranquilidade.
Como funciona a nova faixa de isenção
Pelas regras anunciadas pelo Governo do Brasil, ficam totalmente isentos os contribuintes com renda mensal de até R$ 5 mil. Acima desse valor, até o limite de R$ 7.350, passa a valer um desconto progressivo: o imposto devido aumenta de forma gradual conforme a renda se aproxima do teto da faixa.
Para quem recebe acima de R$ 7.350 por mês, a cobrança permanece sob as regras atuais, sem mudanças nas alíquotas ou na forma de cálculo. Ou seja, o alívio maior se concentra na base e na fatia intermediária da classe média.
Quanto cada faixa de renda pode economizar
A pergunta mais comum entre os trabalhadores é quanto, na prática, cada um vai deixar de pagar de Imposto de Renda com a nova regra. A resposta depende da renda e de eventuais variações ao longo do ano, como adicionais, bônus ou mudanças salariais, mas as simulações já ajudam a dimensionar o impacto.
No caso de quem ganha R$ 5 mil mensais, estimativas apontam para uma economia em torno de R$ 312,89 por mês. Considerando os 12 salários e o décimo terceiro, esse valor acumulado pode chegar perto de R$ 4 mil ao ano. No cotidiano, esse montante tende a representar fôlego no orçamento, ajudando a cobrir despesas frequentes ou a tirar projetos do papel.
Entre R$ 5 mil e R$ 7.350, o benefício existe, mas diminui conforme o salário aumenta. Trabalhadores com rendas próximas podem sentir efeitos diferentes, especialmente quando entram na conta horas extras, comissões, adicionais ou bônus esporádicos, que elevam a remuneração em determinados meses.
Um ponto fundamental é observar o rendimento bruto. O limite de R$ 5 mil refere-se ao valor antes de qualquer desconto, e não ao salário líquido depositado na conta.
Quem tem mais de uma renda e quem precisa declarar
A isenção total vale inclusive para quem possui mais de uma fonte de renda, desde que a soma dos rendimentos tributáveis se mantenha dentro do teto de R$ 5 mil. Se a soma ultrapassar esse limite, o benefício passa a ser parcial até R$ 7.350 e deixa de existir quando a renda superar esse patamar.
Outra dúvida recorrente é sobre a obrigação de entregar a declaração anual. Estar isento de pagar não significa, automaticamente, estar dispensado de declarar. A exigência pode depender de outros fatores, como patrimônio, outros tipos de rendimentos além do salário, investimentos, aluguéis ou movimentações financeiras relevantes.
Como a nova regra começa a valer em janeiro de 2026, os efeitos serão sentidos nos rendimentos desse ano e devem aparecer na declaração a ser entregue em 2027, referente ao ano-calendário de 2026.
Mais cobrança sobre altas rendas
Para equilibrar as contas públicas, a ampliação da isenção na base vem acompanhada de um ajuste na tributação das altas rendas. Quem recebe mais de R$ 50 mil por mês, ou acima de R$ 600 mil por ano, passa a pagar uma alíquota mínima progressiva de até 10%.
É a primeira vez, em mais de um século de Imposto de Renda no Brasil, que o sistema avança de forma explícita na direção de cobrar mais de quem está no topo para aliviar quem vive do trabalho. A ideia do Governo é corrigir distorções acumuladas ao longo do tempo e tornar a divisão da carga tributária mais equilibrada entre as faixas de renda.
Assim, a contribuição para o financiamento do Estado continua essencial, mas passa a ser distribuída de forma mais alinhada à capacidade de pagamento de cada grupo de contribuintes — uma busca por justiça tributária aplicada ao cotidiano de milhões de brasileiros.