A Receita Federal desmentiu nesta segunda-feira (29) boatos que voltaram a circular nas redes sociais sobre a criação de uma suposta taxa para quem movimenta mais de R$ 5 mil por mês. Segundo o órgão, essa cobrança simplesmente não existe e não pode ser criada nos termos em que vem sendo apresentada.
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Foto: Agência Brasil
Nos últimos dias, influenciadores digitais e políticos passaram a espalhar a informação de que, a partir de 2026, trabalhadores teriam que pagar 27,5% de imposto apenas por movimentar mais de R$ 5 mil mensais. Entre eles está o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), que reforçou a desinformação em suas redes.
No último domingo (28), o parlamentar mineiro chegou a compartilhar uma publicação que afirmava que motoboys, manicures, cabeleireiras, pedreiros, pintores e faxineiras seriam diretamente atingidos pela suposta nova taxa a partir de 2026.
De acordo com a Receita Federal, a acusação é falsa do início ao fim. A Constituição Federal proíbe a cobrança de imposto sobre movimentação financeira, o que impede a criação de um tributo que incida apenas sobre o ato de receber ou movimentar dinheiro em contas bancárias.
O órgão também negou que exista qualquer previsão de multa de 150% para quem deixasse de declarar esses valores, outro ponto que vem sendo usado para alimentar o clima de temor em torno do tema.
No comunicado, a Receita Federal alerta que esse tipo de boato causa medo desnecessário, confunde a população e beneficia apenas quem lucra com a disseminação de desinformação nas redes sociais.
Além de desmentir a suposta taxa, o órgão reforçou que a mudança prevista para 2026 diz respeito à faixa de isenção do Imposto de Renda, e não à criação de um novo tributo sobre movimentações financeiras.
Pelas regras já anunciadas, a expectativa é que, a partir de 2026, quem recebe até R$ 5 mil por mês fique totalmente isento do Imposto de Renda. Já quem ganha até R$ 7.350 deverá ter direito a desconto na tributação.
Ao reforçar essas informações, a Receita Federal afirma que as notícias falsas tentam justamente esconder da população as mudanças na tabela do imposto que ampliam a faixa de isenção a partir de 2026.
