Greve dos caminhoneiros ganha força nas redes sociais; sindicatos se dizem contrários
O assunto tem gerado apreensão em várias pessoas e até o presidente Bolsonaro falou sobre a possibilidade de greve
Por Plox
30/01/2021 15h38 - Atualizado há quase 4 anos
Nesta semana, muitas pessoas se mostraram apreensivas em relação a uma nova greve dos caminhoneiros, que foi anunciada por parte da classe para a próxima segunda-feira (1). A apreensão também acontece por parte dos sindicatos e associações dos caminhoneiros e também do Governo Federal.
A preocupação ganhou uma proporção maior quando o presidente Jair Bolsonaro, na última quarta-feira (27), fez um apelo para que os caminhoneiros não parassem. “Reconhecemos o valor dos caminhoneiros para a economia do Brasil. Apelamos para eles que não façam greve porque todos nós vamos perder, todos, sem exceção. Agora, a solução não é fácil, estamos buscando uma maneira de não ter mais este reajuste", disse Bolsonaro, após reunião no Ministério da Economia.
O estopim para a greve seria o novo reajuste do diesel, que ocorreu nesta semana. O movimento da nova greve, assim como aconteceu em 2018, tem ganhado força nas redes sociais e nos grupos de WhatsApp. Os sindicatos e associações da classe, em sua maioria, se posicionam contrários a uma nova paralisação.
As entidades que representam os caminhoneiros autônomos e o governo se mantêm apreensivos quanto à possibilidade de greve da categoria, na próxima segunda-feira (1º).
Em nota, a Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) se posicionou contra o movimento. De acordo com a entidade, uma greve nesse momento faria com que insumos de combate à pandemia de coronavírus ficassem presos nas estradas e estoques se perdessem. “A CNTA entende que, apesar das dificuldades dos caminhoneiros, este não é o momento ideal para uma paralisação, principalmente em virtude da delicada realidade que o país está passando”, diz trecho da nota da entidade.
Na manhã deste sábado (30), durante um passeio de motocicleta em Brasília, Bolsonaro voltou a falar sobre o assunto e disse que o preço do diesel segue de acordo com o dólar. "Eu fui em cima da Petrobras... para pegar números, porque eu não interfiro na Petrobras. O Roberto Castello Branco me disse que o preço dos combustíveis varia com o dólar. Por mim, baixava o preço do dólar, mas está difícil", disse.
O presidente ainda disse que o Governo está tentando uma solução. "O PIS/Cofins está em R$ 0,33 por litro do diesel. Para abaixar cada centavo eu tenho que conseguir R$ 800 milhões. Já falei com o Paulo Guedes para tentar encontrar no Orçamento estes cerca de R$ 26 bi que precisamos para zerar o imposto".