Polêmica sobre presença de chumbo em copos térmicos Stanley gera discussões

Fabricante confirma uso de chumbo, mas garante segurança dos produtos

Por Plox

30/01/2024 09h09 - Atualizado há 9 meses

Os copos térmicos da marca Stanley tornaram-se objeto de polêmica após alegações nas redes sociais, principalmente nos Estados Unidos, sobre a presença de chumbo em sua composição. Segundo usuários, testes rápidos indicaram a existência do metal nos produtos. Em resposta, a fabricante confirmou que utiliza chumbo como material de vedação na base do copo, mas assegura que um revestimento de aço inoxidável protege o consumidor de qualquer contato direto.

Foto: Divulgação/Reprodução

Em nota, a Stanley esclareceu: "Não há chumbo em parte alguma da superfície de nossos produtos que entre em contato com o consumidor, ou com líquidos e alimentos". Os copos, conhecidos por seu isolamento a vácuo e paredes duplas, possuem uma parcela de chumbo na vedação, coberta permanentemente por aço inoxidável, inacessível ao usuário.

A empresa destacou que seus produtos estão em conformidade com as normas regulatórias dos Estados Unidos e passam por testes e validações em laboratórios terceirizados credenciados pela FDA, agência de vigilância sanitária americana.

Álvaro Pulchinelli, toxicologista e presidente da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial (SPBC/ML), ressaltou a importância do isolamento do chumbo para evitar riscos à saúde. "Para que haja intoxicação, é preciso haver exposição efetiva da pessoa ao chumbo", declarou. Ele também enfatizou a segurança em casos onde o metal está isolado, como em baterias de carro, e aconselhou cuidado com copos térmicos danificados que possam expor o interior ao contato humano.

A exposição ao chumbo, especialmente em crianças, pode ter efeitos graves, afetando sistemas neurológico, cardiovascular, gastrointestinal e hematológico. Um relatório de 2020 do Unicef aponta que cerca de 800 milhões de crianças no mundo apresentam níveis elevados de chumbo no sangue, destacando a necessidade de ações preventivas. O metal é particularmente perigoso para crianças menores de 5 anos e gestantes, podendo causar danos neurológicos, cognitivos e físicos, além de afetar a saúde mental.

 

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