Reação dos filhos de Bolsonaro à operação da PF que investigou Carlos por esquema na Abin

Mandados de busca visam apurar esquema ilegal na Agência Brasileira de Inteligência; Familiares do vereador reagem nas redes sociais

Por Plox

30/01/2024 09h35 - Atualizado há 9 meses

Em uma operação deflagrada na última segunda-feira (29), a Polícia Federal realizou buscas na casa de Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, localizada em Angra dos Reis, Rio de Janeiro. O vereador Carlos Bolsonaro foi o principal alvo dos mandados de busca e apreensão, que foram autorizados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. A ação faz parte de uma investigação sobre um suposto esquema de espionagem ilegal na Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

Além de Carlos, estavam presentes no local o ex-presidente Jair Bolsonaro, o senador Flávio Bolsonaro e o deputado federal Eduardo Bolsonaro. As buscas também abrangeram outros endereços associados ao vereador, incluindo sua residência na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, e seu gabinete na Câmara Municipal.

 

Foto: Reprodução/YouTube

Reações nas Redes Sociais Os irmãos Bolsonaro manifestaram-se nas redes sociais sobre a operação. Carlos Bolsonaro publicou um vídeo no X (antigo Twitter), onde relatou ter encontrado "muitas coisas reviradas e largadas abertas" ao retornar para sua casa na Barra da Tijuca. Eduardo Bolsonaro, presente durante as buscas em Angra, classificou a ação como um "ato ilegal, além de imoral", criticando o que ele considerou "abuso" e "excessos" por parte da PF. Ele mencionou a apreensão de um computador de um assessor de Bolsonaro e levantou questionamentos sobre a generalidade do mandado.

 

Flávio Bolsonaro, também por meio das redes sociais, ironizou a operação, destacando a saída da família da casa de Angra de barco para uma pescaria antes da chegada dos agentes. Ele negou a existência de uma "Abin paralela" e criticou o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Detalhes da Operação A operação Vigilância Aproximada, da qual esta ação faz parte, teve início na última quinta-feira, com foco no ex-diretor-geral da Abin, Alexandre Ramagem. Ela é um desdobramento da operação Última Milha, realizada em outubro de 2023, que revelou a espionagem de autoridades e opositores do governo Bolsonaro por meio de um software de geolocalização. A Polícia Federal executou um total de nove mandados de busca e apreensão em diferentes localidades, incluindo Rio de Janeiro, Brasília, Formosa e Salvador, com o objetivo de avançar nas investigações sobre o núcleo político envolvido no esquema ilegal na Abin.

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