Dermatologista da AAPI alerta sobre prevenção do câncer de pele no verão
Exposição ao sol aumenta riscos, e especialistas destacam sinais e medidas para evitar a doença
Por Plox
30/01/2025 09h30 - Atualizado há 13 dias
A chegada do verão intensifica os riscos do câncer de pele, o tumor mais frequente no Brasil e no mundo. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), entre 2023 e 2025, mais de 200 mil brasileiros devem receber o diagnóstico da doença. A dermatologista Dra. Lívia de Castro Fernandes, da AAPI, reforça a importância da prevenção e dá dicas essenciais para evitar esse problema de saúde.
Os principais fatores de risco
O câncer de pele ocorre quando células cutâneas se multiplicam sem controle, sendo mais comum em pessoas de pele clara, com histórico familiar da doença e em trabalhadores expostos ao sol diariamente. A principal causa está relacionada à exposição excessiva aos raios ultravioletas (UV), especialmente sem a devida proteção.
Tipos de câncer de pele
A doença é dividida em melanoma e não melanoma, cada um com características distintas.
Melanoma: Forma mais grave do câncer de pele, surge a partir das células que produzem melanina, pigmento responsável pela coloração da pele. Esse tipo de tumor tem alto potencial de metástase, ou seja, pode se espalhar para outros órgãos. O INCA estima que haverá 8.980 novos casos entre 2023 e 2025, correspondendo a 4,13 casos para cada 100 mil habitantes.
Não melanoma: É o mais frequente e apresenta menor taxa de mortalidade. Quando diagnosticado precocemente, tem grande probabilidade de cura. Porém, se negligenciado, pode gerar mutilações severas. O INCA prevê que, no mesmo período, haverá 220.490 novos casos, o que representa 102 ocorrências para cada 100 mil habitantes.
Atenção aos sinais na pele
O câncer de pele pode ser confundido com pintas, eczemas ou outras lesões benignas, tornando essencial o acompanhamento médico para um diagnóstico correto. A Dra. Lívia Fernandes destaca alguns sinais que exigem atenção:
"Manchas ou feridas que não cicatrizam, principalmente na face, orelha, pescoço, colo e braços", alerta a dermatologista.
A única forma de confirmar a presença da doença é por meio de um exame clínico realizado por um especialista ou biópsia.

Como se proteger?
As melhores formas de prevenção incluem evitar a exposição excessiva ao sol e utilizar protetor solar diariamente. A Dra. Lívia recomenda:
"Usar protetor solar pela manhã todos os dias na face, colo e braços. Quem fica exposto ao sol por longos períodos também deve aplicá-lo nas orelhas", orienta.
Além disso, certos grupos devem redobrar os cuidados, como:
-Pessoas de pele clara, cabelos e olhos claros, com sardas (fototipos 1 e 2).
-Indivíduos com histórico familiar da doença, muitas pintas e queimaduras solares frequentes.
-Pessoas que têm dificuldade em se bronzear.
Idosos estão mais vulneráveis
O risco de câncer de pele aumenta com a idade. Segundo a especialista, isso ocorre porque a exposição ao sol ao longo da vida causa danos acumulativos no DNA das células cutâneas.
"Os idosos têm maior chance de desenvolver a doença devido ao tempo de exposição solar acumulado. Além do uso diário de protetor solar, é essencial que consultem um dermatologista pelo menos uma vez ao ano", explica a médica.
Outro alerta importante diz respeito à negligência no tratamento. Embora o câncer de pele raramente leve à morte, feridas não tratadas podem crescer, desfigurar a pele e resultar em cicatrizes inestéticas.
Sobre a AAPI
A Associação dos Metalúrgicos Aposentados e Pensionistas de Ipatinga (AAPI), fundada em 1980, oferece diversos benefícios aos seus associados, incluindo consultas gratuitas em 25 especialidades médicas.
Qualquer pessoa acima de 18 anos pode se associar. Para mais informações, acesse: https://aapi.org.br/associe-se-saude/.