Marinha deverá devolver R$ 27 mil por compra superfaturada de Viagra

Segundo o processo, a Marinha pagou R$ 3,65 por comprimido, sendo que na época da compra, o valor de mercado era R$ 1,81

Por Plox

30/03/2023 13h43 - Atualizado há mais de 1 ano

O Tribunal de Contas da União (TCU) identificou um superfaturamento na compra de mais de 35 mil comprimidos do medicamento Viagra, entre 2020 e 2021, pelas Forças Armadas. A aquisição foi feita pelo Hospital Naval Marcílio Dias, no Rio de Janeiro, e o TCU determinou a devolução de R$ 27,8 mil aos cofres públicos.

Valor pago acima do preço médio no mercado

Segundo o processo, em um dos oito pregões realizados pela Marinha, o valor pago por cada comprimido de citrato de sildenafila, princípio ativo do medicamento, foi de R$ 3,65. No entanto, o valor médio registrado no painel de preços do governo federal no mesmo período era de R$ 1,81. A Secretaria de Controle Externo de Aquisições Logísticas do TCU calculou que essa discrepância resultou em um prejuízo de R$ 27.820,80 aos cofres públicos.

Foto: divulgação

 

Repercussão do caso e prazo para devolução

A compra de Viagra pelas Forças Armadas ganhou destaque em abril do ano passado, quando foi revelada pelo deputado Elias Vaz (PSB-GO) e pelo senador Jorge Kajuru (PSB-GO), responsáveis por abrir a representação no TCU. O caso foi relatado no tribunal pelo ministro Weder de Oliveira. Conforme a decisão do TCU, publicada em 29 de março, o Hospital Naval Marcílio Dias tem 90 dias para devolver o valor superfaturado.
 

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