Suspeito de pedofilia morre em MG após tentar atirar em policiais durante resgate de duas crianças
Homem de 45 anos foi baleado após apontar uma réplica de pistola para militares; meninas de 2 e 4 anos estavam no apartamento
Por Plox
30/03/2025 16h54 - Atualizado há 2 dias
Um homem de 45 anos, suspeito de pedofilia, morreu após um confronto com a Polícia Militar no bairro Petrópolis, em Betim, na Grande BH, no último sábado (29).

Segundo relatos da PM, a corporação recebeu uma denúncia anônima informando sobre a presença de duas meninas, de 2 e 4 anos, no apartamento do suspeito. O comportamento estranho das crianças, que choravam sem parar desde a madrugada, chamou a atenção dos vizinhos, que decidiram acionar a polícia.
Ao chegarem ao imóvel, os policiais conseguiram contato com a mãe das meninas por telefone. Ela confirmou que havia deixado as filhas sob os cuidados do suspeito e enviou fotos das certidões de nascimento das crianças para comprovar a identidade delas.
Durante a inspeção no apartamento, os agentes encontraram um tablete de maconha, além de indícios que sugeriam a prática de abusos contra menores. No momento em que os policiais informaram ao homem que ele estava sendo investigado, ele reagiu com hostilidade, dizendo que partiria para o “tudo ou nada”. Em seguida, retirou uma pistola de dentro do guarda-roupas e apontou para os agentes.
Apesar das ordens para largar a arma, o suspeito teria avançado contra os policiais, que reagiram com um disparo. Mesmo ferido, ele continuou tentando atacar os militares e foi atingido novamente. O homem chegou a ser socorrido e levado ao Hospital Regional, mas não resistiu. Posteriormente, a polícia constatou que a arma utilizada por ele era, na verdade, uma réplica.
O caso ganhou contornos ainda mais perturbadores após relatos de vizinhos e da ex-namorada do suspeito. Segundo os moradores da região, era comum vê-lo trazendo crianças para sua residência. Um dos vizinhos afirmou que impedia seus filhos de se aproximarem do homem, pois já suspeitava das práticas criminosas dele.
A ex-companheira revelou que as duas meninas encontradas no local costumavam ser deixadas com frequência no apartamento do suspeito. Ela também declarou que os pais das crianças sabiam sobre a índole e os comportamentos do homem. A mulher ainda relatou que sobrinhas dela gravaram vídeos relatando abusos sofridos por parte do suspeito, que teria tocado suas partes íntimas.
Além da réplica da pistola e do entorpecente, os policiais apreenderam diversos itens eletrônicos no local: uma câmera, um notebook, três celulares, um computador e uma quantia em dinheiro.
Os pais das meninas que estavam na casa do suspeito receberam voz de prisão por omissão de cautela. O caso foi repassado à Polícia Civil, que dará continuidade às investigações.