Três universidades federais do país terão 30% de suas verbas cortadas pelo Ministério da Educação (MEC). O anúncio foi feito pela pasta nesta terça-feira, 30 de abril, e na lista das instituições estão a Universidade de Brasília (UNB), a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Federal da Bahia (UFBA). A Federal de Juiz de Fora (UFJF) também está sob análise.
De acordo com o ministro da Educação, Abraham Weintraub, o corte é justificado pelo fato dessas universidades terem demonstrado baixo desempenho acadêmico e que nessas instituições têm sido realizados atos e eventos políticos e festas não condizentes com o ambiente acadêmico.
O MEC informou, por meio de nota, que estuda os bloqueios de forma que “nenhum programa seja prejudicado e que os recursos sejam utilizados da forma mais eficaz”.
Weintraub concedeu uma entrevista para o Estado de S. Paulo, no qual disse que, se ao invés das universidades buscarem uma avanço no desempenho, “estiverem fazendo balbúrdia, terão verbas reduzidas”. O ministro ainda deu um recado bem claro para outras instituições federais: “A lição de casa precisa estar feita: publicação científica, avaliações em dia, estar bem no ranking”.

Ministro da Educação, Abraham Weintraub- Foto: Twitter
Posicionamentos
A UFBA, através de seu reitor João Carlos Salles, declarou: “Não temos notícias sobre os critérios que são utilizados para avaliação do desempenho. Vamos indagar ao MEC, saber as motivações para esse corte de recursos e mostrar que não são pertinentes”. Já a UNB disse que o corte corresponde a cerca de R$ 38 milhões e que a instituição tem “reconhecida excelência acadêmica no país, atestada em rankings nacionais e internacionais. Temos nota 5, a máxima, no Índice Geral de Cursos (IGC) do MEC, a avaliação oficial da pasta para os cursos de graduação”.
A UFF informou em nota oficial que ainda não foi comunicada do contingenciamento de verbas, e que “se confirmada, esta medida produzirá consequências graves para o pleno funcionamento da universidade”. Conforme explicou, a UFF também tem pontuação máxima no IGC do MEC e maior quantidade de alunos matriculados na entre todas as federais. A instituição garantiu: “Faremos todo o esforço institucional ao nosso alcance para demonstrar ao Ministério da Educação a necessidade de reversão dos cortes anunciados”, dizia o comunicado.
Atualizada às 20h16