41% das crianças brasileiras sem estudar em 2020 tinham de 6 a 10 anos

Número foi apontado por pesquisa da Unicef

Por Plox

30/04/2021 20h49 - Atualizado há mais de 3 anos

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), em pesquisa em parceria com o Cenpec Educação, divulgada nessa quinta-feira (29), afirma que mais de 5 milhões de crianças e adolescentes brasileiros estavam sem estudar no final de 2020 e quatro em cada dez tinham de 6 a 10 anos.

O número de crianças e adolescentes de 6 a 17 anos que não estavam na escola ou sem atividades escolares chegou a 5,2 milhões, segundo divulgação do Unicef em janeiro deste ano.

41% das crianças brasileiras sem estudar em 2020 tinham de 6 a 10 anos Foto: Wilson Dias/Reprodução Agência Brasil

Crianças entre 6 e 10 anos são as que mais sofrem com a impossibilidade de estudar.

Florence Bauer, representante do Unicef no país, em nota enviada pela entidade afirma que o Brasil pode viver um retrocesso na educação.

“Os números são alarmantes e trazem um alerta urgente. O País corre o risco de regredir duas décadas no acesso de meninas e meninos à educação, voltado aos números dos anos 2000. É essencial agir agora para reverter a exclusão, indo atrás de cada criança e cada adolescente que está com seu direito à educação negado, e tomando todas as medidas para que possam estar na escola, aprendendo”, em nota enviada à imprensa.

Segundo Bauer, essa realidade poderá causar danos a uma geração toda. A representante afirma, em nota enviada pelo Unicef, que: “Crianças de 6 a 10 anos sem acesso à educação eram exceção no Brasil, antes da pandemia. Essa mudança observada em 2020 pode ter impactos em toda uma geração. São crianças dos anos iniciais do Ensino Fundamental, fase de alfabetização e outras aprendizagens essenciais às demais etapas escolares".

Ela diz que essas crianças, se não concluírem a alfabetização, serão reprovadas e até deixarão de ir à escola. A defesa de Bauer para que elas possam ter acesso ao estudo é que as escolas reabram de forma segura.

Segundo os dados, em novembro do ano passado, o número de crianças e adolescentes de 6 a 17 anos era de 36,9 milhões.

 

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