Papa Francisco decreta regras que visam proibir corrupção entre funcionários do Vaticano
Entre as imposições, está a proibição deles receberem presentes de mais de 40 euros
Por Plox
30/04/2021 20h39 - Atualizado há mais de 3 anos
O Papa Francisco decretou, nesta quinta-feira (29), novas regras que não admitem corrupção entre os funcionários da Santa Sé. Agora será exigido deles que aqueles com cargos de gerente em diante assegurem que em tempo algum foram condenados e a eles não se dirijam investigação por fraude, corrupção, lavagem de dinheiro, evasão de impostos e exploração de trabalho infantil. Eles deverão dar essa garantia à Igreja através de documento assinado.
Aos funcionários foi imposta a proibição de receber presentes de mais de 40 euros, se for dado para presentear o empregado em função do seu cargo.
Outra imposição é que eles não poderão ter dinheiro em paraísos fiscais e nem ações ou títulos de dívidas de empresas cujo direcionamento não se afine às regras do cristianismo católico.
Os cardeais com cargo de chefia, diretores e vice-diretores com contratos de cinco anos e todos aqueles que possuem cargos administrativos, judiciais ou de supervisão precisarão observar as novas regras.
O Vaticano, através dessas novas condições, responde positivamente aos acenos da ONU, nas sugestões que a organização fez em uma convenção contra a corrupção.
Em 2020, Francisco já havia sinalizado, em outras regras que promulgou, que era necessário que a Igreja tivesse uma intransigência maior com a corrupção. Nesse tempo, ele chegou a decretar o que o grupo burocrático do Vaticano poderia ter. Essa imposição, segundo ele, era preciso porque as atitudes corruptivas podem se revelar de diferentes maneiras.
"Por isso, regulamentações aceitas internacionalmente e as melhores práticas exigem transparência para aqueles que têm cargos no setor público para o propósito de prevenir e combater conflitos de interesse, práticas de custeio e corrupção em geral", disse ele.
As regras que ele promulgou nesta quinta-feira (29) agora se unem às que ele tinha decretado em 2020.
Ao Vaticano, com as novas condições, será dado o poder de demitir os empregados caso seja considerado que eles não obedeçam às regras.