Justiça concede guarda provisória de capivara Filó a influenciador
Agenor conquistou popularidade nas redes sociais ao compartilhar seu cotidiano e os cuidados com os animais, incluindo Filó, o que motivou a investigação do Ibama.
Por Plox
30/04/2023 08h41 - Atualizado há cerca de 2 anos
A Justiça brasileira decidiu que a capivara Filó, anteriormente entregue ao Ibama, deve retornar ao influenciador Agenor Tupinambá. O jovem ribeirinho, que mora em Autazes, a 111 km de Manaus, no Amazonas, havia sido multado em R$ 17 mil por suspeita de abuso, maus-tratos e exploração animal. Agenor conquistou popularidade nas redes sociais ao compartilhar seu cotidiano e os cuidados com os animais, incluindo Filó, o que motivou a investigação do Ibama.

Agenor Tupinambá e a vida integrada à natureza
O juiz Márcio André Lopes Cavalcante considerou que Agenor vive de maneira integrada à natureza, destacando que não há muros ou cercas que separam a residência do influenciador dos limites da floresta. Os animais circulam livremente em torno da casa e adentram a mata, demonstrando uma convivência harmônica.
Segundo o juiz, "não é a Filó que mora na casa de Agenor. É o autor que vive na floresta, como ocorre com outros milhares de ribeirinhos na Amazônia". Diante dessa constatação, o magistrado concedeu a guarda provisória da capivara a Agenor até o desfecho do caso, determinando que o Ibama devolvesse o animal imediatamente.
Apoio nas redes sociais e na política
O caso ganhou grande repercussão nas redes sociais, com internautas e o próprio influenciador pedindo a devolução da capivara. Agenor recebeu o apoio da deputada estadual Joana Darc (União Brasil), que compartilhou a decisão judicial que concedeu a guarda provisória do animal ao jovem.
A volta de Filó para Agenor representa um desdobramento importante no caso, reforçando o debate sobre a convivência entre seres humanos e animais selvagens no contexto amazônico.