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Emprego

Relatório aponta quais tipos de trabalho deixarão de existir quais serão criados

De acordo com o estudo, a previsão é de que 69 milhões de empregos sejam criados nos próximos anos, enquanto 83 milhões serão eliminados

01/05/2023 às 00:09 por Redação Plox

O avanço tecnológico, a inteligência artificial e as demandas ambientais têm provocado mudanças significativas no mercado de trabalho global. Um relatório do Fórum Econômico Mundial, em parceria com a Fundação Dom Cabral no Brasil, aponta que até 2027, cerca de 23% dos postos de trabalho atuais sofrerão alterações. Enquanto algumas profissões serão criadas ou adaptadas, outras desaparecerão.

Empregos em risco e novas oportunidades

De acordo com o estudo, a previsão é de que 69 milhões de empregos sejam criados nos próximos anos, enquanto 83 milhões serão eliminados. Isso resulta em um saldo negativo de 14 milhões de vagas.

Entre as profissões com perspectiva de crescimento nos próximos quatro anos, destacam-se especialistas em inteligência artificial e aprendizagem de máquina, especialistas em sustentabilidade, analistas de inteligência de negócios e especialistas em segurança da informação. O relatório também aponta para o aumento de cargos relacionados à transição energética, devido aos investimentos em energia renovável.

Educação e agricultura em expansão

Os setores de educação, agricultura e comércio digital devem apresentar os maiores crescimentos em números absolutos. A pesquisa indica que os postos de trabalho no setor educacional crescerão cerca de 10%, resultando em 3 milhões de empregos adicionais para professores de educação profissional e universitários. Já no setor agrícola, a previsão é de aumento entre 15 e 30%, o que levará a mais de 4 milhões de empregos.

Desigualdade e qualificação profissional

O relatório aponta que as mudanças no mercado de trabalho podem acentuar a desigualdade em países emergentes, como o Brasil. Haverá maior demanda por mão de obra qualificada, enquanto trabalhadores sem capacitações específicas ou com apenas educação básica serão mais ameaçados.

Carlos Arruda, coordenador do Núcleo de Inovação e Empreendedorismo da FDC, alerta para o risco de escassez de mão de obra qualificada no Brasil. Para evitar esse problema, ele sugere investir em políticas públicas e programas de retenção de talento.

Profissões ameaçadas e automação

Algumas áreas devem ser extintas nos próximos cinco anos, segundo o relatório. As ocupações mais ameaçadas incluem caixas de banco, escriturários de entrada de dados, secretários administrativos e executivos, assistentes de registro de produtos e estoque, escriturários de contabilidade, legisladores e oficiais judiciários, atendentes estatísticos, financeiros e de seguros, e vendedores ambulantes.

A automação e digitalização devem levar à redução de cerca de 28 milhões de empregos até 2027. No entanto, no Brasil, algumas profissões, como a de vendedor ambulante, ainda devem se manter devido à realidade do país emergente.

Investimento em habilidades e capital humano

O relatório também destaca o avanço das chamadas soft skills nas empresas, como criatividade, pensamento analítico e uso de IA e Big Data. A pesquisa aponta que 42% das empresas consultadas priorizarão essas habilidades.

O investimento no capital humano e na automação de processos deve atingir 80% das corporações, com foco em mulheres, jovens menores de 25 anos e pessoas com deficiência. No Brasil, os executivos esperam que 53% das habilidades laborais permaneçam as mesmas nos próximos cinco anos. As competências consideradas prioritárias para contratações no país incluem IA e Big Data, pensamento criativo, resiliência, flexibilidade, agilidade e pensamento analítico.

Dilema do envelhecimento e jovens no mercado de trabalho

Outro fenômeno que deve ser observado nos próximos cinco anos é a dualidade entre a redução do número de jovens no mercado de trabalho e o envelhecimento da população. Marcelo Neri, economista do FGV Social, afirma que "a vida produtiva das pessoas está se estendendo, com os desafios previdenciários projetados para o futuro. A pessoa vai precisar de uma educação ao longo da vida, não é mais uma educação acumulada somente durante a juventude ou vida adulta, isso vai gerar demanda".

Segundo o relatório, 39% dos trabalhadores não precisarão de treinamento até 2027. No entanto, 15% dos empregados necessitarão de capacitação, mas não terão acesso a um programa de requalificação. No total, 85% estarão prontos para as novas tecnologias ou estarão sendo treinados para a mudança.

Estratégias para driblar a escassez de mão de obra qualificada

Os cargos mais demandados no Brasil pelas organizações que participaram da pesquisa são analistas e cientistas de dados, profissionais de desenvolvimento de negócios, gerentes de operações e advogados. Para enfrentar a escassez de mão de obra qualificada, executivos brasileiros planejam investir na promoção e progressão de carreira, no fornecimento de requalificação e qualificação eficazes e na articulação do propósito e impacto do negócio.

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