Dez casos de febre Oropouche confirmados no Rio de Janeiro

A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro anunciou, nesta segunda-feira, a confirmação de dez casos de febre Oropouche em diferentes municípios do estado. Os casos, identificados entre 9 e 18 de abril nas localidades de Japeri, Valença, Piraí e na capital, estão sob investigação para determinar se a transmissão é local ou se foram importados de outras regiões. Esta análise é crucial, dada a origem endêmica do vírus, principalmente na região Amazônica.

A febre Oropouche, conhecida por sintomas similares aos da dengue, incluindo febre súbita, dores de cabeça, costas e articulações, foi isolada pela primeira vez no Brasil em 1960. Transmissível por mosquitos, a doença pode afetar tanto áreas silvestres quanto urbanas, e não possui tratamento específico, sendo recomendado repouso e acompanhamento médico.

Segundo Claudia Mello, secretária de Saúde, a febre Oropouche é endêmica no Amazonas, apresentando períodos de surto e baixa letalidade. A orientação atual para os municípios é seguir o protocolo médico aplicado aos casos suspeitos de dengue. Além disso, a Secretaria, em cooperação com os municípios, intensificará a investigação epidemiológica e entomológica dos casos confirmados, com foco na captura e análise de mosquitos nas áreas afetadas.

O primeiro caso de febre Oropouche no Rio foi detectado no final de fevereiro em um homem de 42 anos, residente no bairro do Humaitá, na zona sul da capital. Após viagem ao Amazonas, onde o vírus tem mostrado aumento de casos, a infecção foi classificada como importada. O paciente se recuperou sem necessidade de internação.