Câmara recebe pedido de CPI para investigar roubo bilionário no INSS

Oposição reúne assinaturas para abrir comissão que investigará supostos descontos irregulares em aposentadorias

Por Plox

30/04/2025 18h57 - Atualizado há 2 dias

Nesta quarta-feira (30), um grupo de deputados da oposição protocolou oficialmente na Câmara dos Deputados o pedido de abertura da chamada CPI do Roubo dos Aposentados. A comissão parlamentar de inquérito terá como foco a apuração de denúncias sobre descontos feitos sem autorização nos benefícios de aposentados e pensionistas do INSS, envolvendo entidades sindicais e associações conveniadas.


Imagem Foto: Reprodução


O pedido de investigação veio na esteira da operação Sem Desconto, realizada em conjunto pela Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU). As investigações apontam que o esquema pode ter desviado ilegalmente até R$ 6,3 bilhões, utilizando indevidamente dados dos beneficiários da Previdência Social para realizar cobranças que, em muitos casos, não tinham qualquer consentimento por parte dos segurados.



A suspeita se estende a possíveis envolvimentos de servidores públicos e até mesmo de lideranças políticas no funcionamento da rede de fraudes. A manobra consistiria na inserção de cobranças por meio da folha de pagamento dos aposentados, sem qualquer pedido ou adesão real a sindicatos ou entidades.


“Os aposentados estão sendo explorados e lesados. É nosso dever investigar e garantir que os responsáveis sejam punidos”, afirmou o deputado Coronel Chrisóstomo (PL-RO), um dos primeiros a apoiar a CPI

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Ao todo, 185 parlamentares assinaram o requerimento que pede a instalação da comissão. Dentre os signatários estão nomes como Bibo Nunes (PL-RS), Zé Trovão (PL-SC), Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP), Silvia Waiãpi (PL-AP) e Messias Donato (Republicanos-ES). O apoio também veio de figuras como Mario Frias (PL-SP), Carlos Jordy (PL-RJ), Nikolas Ferreira (PL-MG), Carla Zambelli (PL-SP), Marcel van Hattem (Novo-RS), e General Pazuello (PL-RJ), entre outros.



A repercussão do escândalo e o volume de recursos possivelmente desviados têm pressionado a Câmara a dar andamento célere ao pedido. Caso instalada, a CPI deverá convocar envolvidos, requisitar documentos e abrir caminho para responsabilizações civis e penais, tanto na esfera pública quanto nas entidades privadas envolvidas.



A próxima etapa será a leitura do requerimento no plenário da Casa, seguida da formação dos integrantes da comissão, que terão a responsabilidade de aprofundar as investigações e esclarecer o alcance real da fraude.


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