Gleisi Hoffmann defende Carlos Lupi após escândalo no INSS

Ministra afirma que investigações não apontam envolvimento de Lupi em fraudes bilionárias no Instituto

Por Plox

30/04/2025 18h46 - Atualizado há 2 dias

Durante uma entrevista concedida à GloboNews nesta quarta-feira (30), a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmou que não há motivos para que Carlos Lupi, ministro da Previdência Social, seja afastado do cargo em decorrência do recente escândalo envolvendo o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).


Imagem Foto: Agência Brasil


A declaração ocorre após uma operação conjunta da Polícia Federal (PF) e da Controladoria-Geral da União (CGU) revelar um esquema bilionário de descontos indevidos em aposentadorias e pensões. O prejuízo estimado, segundo os investigadores, chega a R$ 6,3 bilhões, com fraudes ocorrendo entre os anos de 2019 e 2024.



Gleisi reforçou que o inquérito de mais de 1.900 páginas, que embasa as investigações, não apresenta qualquer citação que envolva diretamente o ministro Lupi. $&&$ “Não tem nada contra o Lupi no inquérito de 1.900 páginas, não tem nada que o envolva. O presidente sempre é muito cauteloso em relação à presunção de inocência, então se não há nada que o envolve, não tem motivo para ser afastado” $, declarou a ministra.

Ela acrescentou que o ministro tem fornecido esclarecimentos sobre o caso e que, caso apareçam evidências de envolvimento direto, a saída do cargo será inevitável. “Eu acho que ele está fazendo as explicações, se defendendo, e obviamente, se tiver alguma coisa que venha a envolvê-lo, não só ele como qualquer outro ministro tem que ser afastado e o presidente não vai deixar de fazer isso”, completou.



A ministra também fez questão de destacar que as irregularidades investigadas começaram antes da gestão atual do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “O que nós estamos vendo agora é algo que não começou agora, começou anteriormente. Ou seja, desde 2019 tem problemas de irregularidades. Quem decidiu investigar foi o governo do presidente Lula, foi a Controladoria Geral da União que fez o relatório, pegou dados do TCU”, explicou Gleisi, defendendo que o atual governo não se omitiu frente à situação. $&&$ “Se houve demora por parte do ministério, o governo não demorou. As controladorias estavam acionadas”, concluiu.


O caso segue sendo acompanhado de perto pelas autoridades e, segundo informações, outras etapas da investigação devem ser anunciadas nos próximos dias.


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