Minas amplia Teste do Pezinho para 60 doenças e lidera cobertura no Brasil

Com o encerramento da terceira fase de ampliação do programa estadual, Minas Gerais passou a incluir 60 doenças no Teste do Pezinho, consolidando-se como o primeiro estado do Brasil a alcançar essa cobertura.

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O anúncio foi feito nesta quarta-feira (30), durante evento na Cidade Administrativa, com destaque para os avanços na triagem neonatal — exame fundamental realizado nos primeiros dias de vida para detectar doenças raras. A coleta, gratuita pelo SUS, é recomendada entre o terceiro e o quinto dia de vida do bebê.

Entre os anos de 2024 e 2025, o número de doenças triadas saltou de 23 para 60. Apenas em abril deste ano, 12 novas condições foram adicionadas. O processo contou com melhorias estruturais, capacitação de profissionais e ampliação do transporte de amostras.

O governador Romeu Zema esteve presente no evento e destacou a importância do diagnóstico precoce, afirmando que ele pode evitar sequelas graves nas crianças. Segundo ele, “ninguém vai precisar viajar para Belo Horizonte para tratar a doença detectada. Todas as regiões terão um hospital”.

O investimento anual previsto para sustentar a expansão é de R$ 64 milhões, segundo o governo estadual. A estrutura de atendimento conta com centros de referência como os hospitais João Paulo II, Clínicas da UFMG, Universitário da UFJF, e novos centros como o Hospital Universitário Clemente de Faria, em Montes Claros.

O secretário de Estado da Saúde, Fábio Baccheretti, enfatizou o esforço para garantir o fornecimento de fórmulas e medicamentos, inclusive manipulados. Ele declarou que a continuidade do programa está pactuada com os municípios mineiros, assegurando o atendimento regional.

Já o secretário de Governo, Marcelo Aro, ressaltou que a etapa de diagnóstico foi pensada em conjunto com o tratamento, garantindo que o cuidado não se encerrasse com o resultado positivo, mas se estendesse a todo o processo terapêutico.

O Teste do Pezinho foi implantado em Minas Gerais em 1994 e tem sido progressivamente expandido. Desde o início do programa, cerca de 7 milhões de recém-nascidos foram triados no estado. A análise das amostras é realizada pelo Nupad, da UFMG, e os casos positivos são encaminhados para tratamento na rede pública, que também conta com o suporte da teleconsulta, visando atender todos os 853 municípios mineiros.