Ipatinga deverá fechar o comércio novamente; pandemia se agrava na região

Diante do preocupante quadro de agravamento da pandemia do coronavírus, não apenas no município, mas em toda a região, Nardyello Rocha, prefeito de Ipatinga-MG, solicitou para a próxima segunda-feira (1/6) a convocação de uma reunião extraordinária do Comitê Gestor de Crise. O anúncio foi feito neste sábado (30), pela Prefeitura de Ipatinga.

Também nesse sábado foi divulgado um documento no qual o governo do Estado alerta prefeitos da região para evitar uma possível calamidade com “mortandade sem precedentes”. A matéria sobre esse assunto está em produção e será postada em instantes.

Segundo a administração, a reunião será para reavaliar o funcionamento de diversos segmentos do comércio mesmo em horários e dias restritos. A previsão é que somente os estabelecimentos de extrema necessidade sejam mantidos. O prefeito, em vídeo, disse que a cidade de Ipatinga apresenta níveis altíssimos dos parâmetros que apontam para um agravamento da pandemia no município. 

Veja:

 

A decisão de convocar uma nova reunião do Comitê Gestor de Crise acontece no dia em que a cidade confirmou mais duas mortes por coronavírus. Até a tarde dessa sexta-feira (29), a cidade registrou 220 casos confirmados.

Situação se agrava

Nardyello Rocha adiantou que sua recomendação será pela suspensão de todas as atividades comerciais, com exceção dos estabelecimentos considerados essenciais, como farmácias, padarias, postos de combustíveis e supermercados.

 

Foto: Marcelo Augusto/Plox

 

“Além dos três óbitos já confirmados em Ipatinga, temos outro em Timóteo, mais dois em Santana do Paraíso e ainda um envolvendo um morador de Açucena, sem contar que em Governador Valadares, distante apenas 100 quilômetros de nós, até sexta-feira a soma era de 12 mortos e mais cinco suspeitos em investigação”.

De acordo com Nardyello, "o mais recomendável e prudente seria que todas as cidades da Região Metropolitana suspendessem imediata e uniformemente, por decreto, as autorizações para funcionamento dos diversos segmentos do comércio, como forma de interromper de maneira radical a movimentação de pessoas pelas ruas e conter a onda de contágio”.

Nardyello disse ainda que: “há pouco mais de dois meses, quando tomamos a decisão de fechar o comércio antes de todos os outros municípios, fomos muito criticados, mas foi isso que conteve por um bom período a curva de ascensão da Covid-19 em nossa área de atuação. Em atendimento a inúmeros apelos e também levando em consideração taxas favoráveis de ocupação dos leitos, mais adiante flexibilizamos as atividades mercantis para oxigenar um pouco a economia (embora o delivery já estivesse autorizado). Contudo, agora não há como transigir. São muitos sinais de alerta acesos”, concluiu.