Com a chegada do frio, vacinação contra gripe pode evitar 80% das internações

As temperaturas caem e, junto com o frio, crescem os riscos de complicações provocadas pelo vírus da gripe, especialmente entre idosos, crianças pequenas e pessoas com comorbidades. Diante desse cenário, especialistas e autoridades de saúde reforçam: vacinar-se contra a influenza é essencial para prevenir internações e casos graves da doença.

Foto:Myke Sena/MS

Dados do Ministério da Saúde apontam que a vacina contra a gripe pode evitar até 80% das internações decorrentes de complicações do vírus. Apesar da eficácia comprovada, muitas pessoas ainda deixam de se imunizar por medo, desinformação ou negligência.

A exposição ao vírus é facilitada por ambientes fechados e mal ventilados, típicos do inverno, além do ar seco, que irrita as vias respiratórias. A vacina age estimulando o corpo a produzir anticorpos contra os principais subtipos do vírus influenza, impedindo seu avanço no organismo.

A recomendação é que todas as pessoas a partir de seis meses de idade recebam a dose. Contudo, os grupos com maior risco de complicações devem receber atenção especial: pessoas com 60 anos ou mais, crianças de 6 meses a menores de 6 anos, gestantes, puérperas, portadores de comorbidades ou deficiências permanentes, profissionais da saúde e educação, além de indígenas, ribeirinhos e indivíduos em situação de rua.

Apesar de ser amplamente segura, a vacina deve ser evitada temporariamente por pessoas com febre alta ou quadro infeccioso agudo. Quem tem histórico de alergia grave a ovo ou reações adversas anteriores deve consultar um médico antes de se vacinar.

Reações leves após a aplicação são comuns e não representam risco. Os sintomas mais frequentes incluem dor ou vermelhidão no local da aplicação, febre baixa, mal-estar, cansaço ou dor de cabeça leve. Em geral, esses efeitos desaparecem em até 48 horas.

A vacina é reformulada todos os anos. Isso ocorre porque o vírus influenza sofre mutações frequentes, o que exige uma nova composição anual determinada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), adaptada aos subtipos circulantes no hemisfério sul.

Além de proteger quem toma a dose, a vacinação em larga escala ajuda a reduzir a propagação do vírus na comunidade, criando uma proteção indireta para pessoas que não podem ser imunizadas por razões médicas. Assim, a imunização contra a gripe, especialmente no frio, é uma medida coletiva de saúde indispensável.