Desaprovação a Lula atinge maior nível da série histórica, aponta Atlas

A desaprovação ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) alcançou seu maior patamar desde o início das medições feitas pelo instituto AtlasIntel. De acordo com levantamento divulgado nesta sexta-feira (30), 53,7% dos entrevistados afirmaram não aprovar a gestão do petista.

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No início da série histórica, em janeiro de 2024, o índice de desaprovação era de 45,4%. Agora, passados quase um ano e meio desde o início do terceiro mandato de Lula, a rejeição bate recorde.

O crescimento da desaprovação ocorre após o escândalo envolvendo fraudes em aposentadorias no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que levou à troca de comando no Ministério da Previdência Social e resultou na saída do PDT da base aliada do governo. A crise também motivou a criação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) no Congresso para investigar os desvios. A expectativa é que a comissão tenha forte presença de membros do PL.

Ainda segundo a pesquisa, a taxa de aprovação ao presidente é de 45,4%, enquanto 0,7% não souberam ou preferiram não responder. Na última rodada, entre março e abril, a desaprovação havia caído para 50,1%, marcando uma breve interrupção na tendência de alta iniciada em abril de 2024. O novo levantamento, porém, retoma o movimento ascendente.

Os participantes também avaliaram qualitativamente a gestão de Lula: 52,1% classificaram como \"ruim ou péssima\", 41,9% como \"ótima ou boa\" e 6% consideraram \"regular\".

Outro dado relevante da pesquisa é a percepção dos principais problemas enfrentados pelo Brasil. \"Corrupção\", que no mês anterior havia sido citada por 47% dos entrevistados, agora lidera a lista com 60%. Já \"criminalidade e tráfico de drogas\", que vinha sendo o maior problema desde janeiro, aparece em segundo lugar.

A pesquisa ouviu 4.399 brasileiros entre os dias 19 e 23 de maio. A margem de erro é de um ponto percentual e o nível de confiança é de 95%.

Essa é a primeira pesquisa divulgada pelo AtlasIntel desde o início da crise envolvendo o INSS e seus desdobramentos políticos.