Lula revela drama emocional ao relembrar cartas de amor na prisão

Durante agenda no Paraná, presidente contou como cartas trocadas com Janja o ajudaram a suportar os dias na prisão

Por Plox

30/05/2025 13h36 - Atualizado há 3 dias

Durante compromisso oficial no estado do Paraná nesta quinta-feira (29), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reviveu lembranças marcantes do período em que esteve preso na sede da Polícia Federal, em Curitiba. Em meio ao discurso, Lula revelou detalhes emocionantes da comunicação com a atual primeira-dama, Janja, enquanto estava detido.


Imagem Foto: Presidência


Lula contou que, ao longo dos 580 dias em que permaneceu na carceragem, ele e Janja trocaram exatamente 580 cartas. Segundo o presidente, o advogado Luiz Carlos Rocha, conhecido como Rocha, era o responsável por levar suas cartas pela manhã, enquanto o advogado Manoel Caetano, o Maneco, levava as correspondências escritas por Janja durante a tarde.


– Eu e Janja escrevemos 580 cartas durante os 580 dias que fiquei preso. O Rocha levava a minha de manhã e o Maneco me trazia a dela à tarde. Gente, vocês não têm noção do que é receber uma carta. Vocês já receberam carta de amor? Vale mais do que um presente – declarou.



Ainda visivelmente tocado pelas lembranças, Lula confidenciou a ansiedade diária que sentia à espera das cartas. Segundo ele, quando o advogado dizia que naquele dia não havia carta, era inevitável entrar em um estado de tristeza profunda, que apenas se dissipava no dia seguinte com o recebimento de duas cartas.


– Eles [os advogados] sabem a ansiedade que eu ficava. O Maneco conversava comigo dois minutos e eu já perguntava: 'e minha carta?'. O dia que ele falava 'hoje não tem carta', eu entrava em depressão. A depressão passava, porque no dia seguinte eu recebia duas. Eu nunca pensei na minha vida que fosse tão bom escrever carta. De noite, você sozinho numa cela, pensando na amada, e você escrevendo pra ela – relatou.



Lula e Janja se casaram oficialmente em 2022, após o período de reclusão. O relato sobre as cartas foi compartilhado durante evento realizado no Paraná e evidenciou a importância da troca de palavras e sentimentos como forma de apoio e resistência em momentos difíceis.


As informações são do portal Metrópoles.


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