Mãe é presa após abandonar recém-nascida morta em saco de lixo em BH; mulher disse que tentou esconder gravidez e não queria o bebê
Mulher afirmou que não desejava a criança e evitou pré-natal; outro homem também foi detido por envolvimento no caso
Por Plox
30/05/2025 10h11 - Atualizado há 3 dias
Na noite de quinta-feira, 29 de maio, uma mulher de 36 anos foi presa sob suspeita de ter abandonado o corpo da filha recém-nascida em um saco de lixo no bairro Minaslândia, localizado na região Norte de Belo Horizonte. Além dela, um homem também foi detido pela Polícia Militar (PM), apontado como possível envolvido no caso.

A prisão foi efetuada após um intenso trabalho do Grupo Especializado de Policiamento em Áreas de Risco (Gepar), iniciado ainda pela manhã. O tenente Wilson Soares, responsável pelas buscas, relatou que a equipe recebeu informações sobre a localização da mulher e, desde as 9h, realizava diligências na região. “Era uma questão de honra localizá-la”, afirmou o oficial.
De acordo com o tenente, a mulher demonstrou frieza diante da situação ao afirmar que não queria a criança e tentou esconder a gestação. Ela revelou que evitava sair de casa e não realizou acompanhamento pré-natal. Segundo seu relato, chegou a cogitar interromper a gravidez antes do nascimento.
A criança nasceu no último domingo, 25 de maio. A mãe afirmou que sentiu fortes dores e, percebendo que o parto era iminente, improvisou um espaço em casa para dar à luz. Após o nascimento, declarou não ter verificado se a bebê estava viva ou morta. Envolveu o corpo da criança em uma manta e a colocou em um saco de lixo.
Na terça-feira, 27 de maio, ela teria deixado o saco na porta de casa, esperando que fosse recolhido pela limpeza urbana. No entanto, um catador de recicláveis teria passado pelo local antes dos garis e recolhido o material.
As câmeras de segurança registraram o momento em que esse homem abandona um saco preto no ponto onde o corpo foi encontrado. A gravação foi essencial para a investigação e contribuiu para a localização do segundo suspeito, que também foi preso. Nenhum dos dois detidos possuía passagens anteriores pela polícia.
A Polícia Civil de Minas Gerais está à frente da investigação, e exames periciais serão realizados para determinar a causa da morte da recém-nascida. O caso permanece em apuração pelas autoridades competentes.