Moraes dá 5 dias para PGR se manifestar sobre liberdade de Braga Netto

Ministro do STF aguarda parecer da Procuradoria antes de decidir sobre pedido da defesa para revogar prisão preventiva do general

Por Plox

30/05/2025 07h47 - Atualizado há 3 dias

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresente, no prazo de cinco dias, um parecer sobre o pedido da defesa do general Walter Braga Netto para revogar sua prisão preventiva.


Imagem Foto: STF


A solicitação está relacionada à prisão decretada em dezembro de 2024, quando Braga Netto foi acusado de tentar obstruir investigações ligadas a um suposto plano golpista. Segundo a Polícia Federal, o general teria buscado acesso a informações sigilosas sobre a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, com a intenção de compartilhá-las com outros investigados. Além disso, ele teria articulado versões com aliados.


Na semana passada, Moraes optou por manter a prisão do general, alegando que sua liberdade poderia comprometer o andamento da ação penal. Agora, o ministro condiciona a reavaliação do caso à manifestação da PGR.


A defesa, representada pelo advogado José Luis Oliveira Lima, argumenta que a investigação encontra-se em estágio avançado e que o sigilo da delação já foi levantado. Segundo o recurso protocolado no STF, não haveria mais justificativa para manter Braga Netto preso, uma vez que a coleta de provas já foi concluída e as testemunhas ouvidas.


Trecho do recurso ressalta que manter o general encarcerado neste momento significaria “proteger o avanço de uma investigação já acabada, o sigilo de uma delação já pública, ou a higidez de uma instrução processual que já avançou com a produção de toda a prova acusatória”.


Braga Netto foi denunciado como parte do chamado “núcleo crucial” do plano de golpe, juntamente com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A denúncia foi acolhida por unanimidade pela Primeira Turma do STF em março deste ano, tornando o general oficialmente réu na ação.


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