Rompimento em Barão de Cocais pode afetar abastecimento em Fabriciano

Na última quinta-feira, 27, a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (COPASA), comunicou ao presidente da Câmara Municipal de Coronel Fabriciano, vereador Adriano Martins (PPS), que poderá ficar comprometido o abastecimento de água na cidade, caso ocorra um rompimento da barragem em Barão de Cocais-MG.

 

No ofício enviado ao presidente da Casa Legislativa, a COPASA, além de demonstrar preocupação com os 11 poços profundos localizados no bairro Mangueiras, em Fabriciano, a companhia foi bastante esclarecedora em informar que, o rompimento do talude norte, da cava da mina Gongo Soco, em Barão de Cocais, “poderá provocar eventualmente, a ruptura da barragem Sul Superior, que alcançará os rios São João e Santa Bárbara, e por meio destes, a barragem da Usina Hidroelétrica (UHE) de Peti, localizada no município de São Gonçalo do Rio Abaixo”.

 

A COPASA esclareceu ainda, que se os rejeitos ultrapassarem a barreira representada pela UHE Peti alcançará o rio Piracicaba no limite dos municípios de João Monlevade e Bela Vista de Minas e, através dele, também irá alcançar o Rio Doce, no limite dos municípios de Timóteo, Ipatinga e Caratinga.

 

Segundo a Secretaria de Estado de Meio-Ambiente e Desenv. Sustentável (SEMAD), a qualidade da água desses mananciais poderá ser afetada, “tornando-a imprópria para consumo humano. Pode ocorrer ainda redução do oxigênio dissolvido, com consequente mortandade de peixes e outras espécies aquáticas. Os cursos d’água podem ter redução da vazão decorrente do assoreamento da calha principal e deposição do rejeito”, informou o orgão.

 

A Secretaria ainda identificou vários impactos, que podem acontecer em decorrência de um possível rompimento em Barão de Cocais-MG, como afetar 383 hectares remanescentes de floresta da mata atlântica e alterar a composição do solo original, afetando a fertilidade.