Bolsonaro se declara "apunhalado" após TSE torná-lo inelegível
Em uma referência ao ataque sofrido na cidade de Juiz de Fora
Por Plox
30/06/2023 15h56 - Atualizado há mais de 1 ano
Em meio a um cenário político instável, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se viu submetido à uma decisão contundente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Nesta sexta-feira (30), Bolsonaro foi declarado inelegível por um período de oito anos, uma situação que ele comparou a uma "facada nas costas".
Em uma referência ao ataque sofrido na cidade de Juiz de Fora, Bolsonaro lamentou: "Há pouco tempo tentaram me matar em Juiz de Fora, levei uma facada na barriga. Hoje levei uma facada nas costas com a inelegibilidade."
Conduzindo a situação a uma perspectiva pessoal, Bolsonaro se mostrou atônito com a decisão do TSE, ao afirmar que é "a primeira condenação por abuso e poder político". Ele ainda mencionou sua postura em relação ao voto impresso, ressaltando que foi penalizado por defender uma causa que já apoiava enquanto parlamentar.

A decisão do TSE, na visão de Bolsonaro, abre campo para o ex-presidente Lula se aproximar de uma vitória por "W.O." em 2023. Mesmo assim, Bolsonaro reconhece que esse é um elemento da democracia.
Bolsonaro Comenta sobre o Caso do 8 de Janeiro e Futuro da Direita no País
Abordando o caso do 8 de janeiro, Bolsonaro questionou sua suposta participação nos atos ocorridos naquela data. Segundo suas palavras, ele deixou o Brasil no dia 30 de dezembro, tornando impossível sua participação direta nos eventos. Para Bolsonaro, aqueles que sugerem a possibilidade de um golpe são "analfabetos políticos".
Em relação ao movimento de direita no país, Bolsonaro se mostrou otimista, apesar da sua condenação. Segundo ele, "não é o fim da direita no Brasil", ressaltando que esse movimento existia antes dele e que não vai desistir do país.
A votação do TSE que resultou na inelegibilidade de Bolsonaro teve um placar final de 5 a 2, com o voto decisivo sendo dado pela ministra Cármen Lúcia. Como consequência, Bolsonaro fica fora do pleito eleitoral até o ano de 2030.