Petrobras surpreende com redução no preço da gasolina nas refinarias após alta de impostos
Preço da gasolina nas refinarias sofre corte de 5,3% pela Petrobras
Por Plox
30/06/2023 19h40 - Atualizado há mais de 1 ano
Em uma decisão recente, a Petrobras, uma das principais empresas estatais do Brasil, anunciou uma redução de R$ 0,14 por litro, equivalente a 5,3%, no preço médio de venda da gasolina enviada para as refinarias. De acordo com um comunicado da empresa, a partir do sábado seguinte ao anúncio feito em 30 de junho de 2023, o preço da gasolina para as refinarias seria de R$ 2,52 por litro.
É importante observar que, conforme mencionado pela Petrobras, "O valor efetivamente cobrado ao consumidor final no posto é afetado também por outros fatores, como impostos, mistura de biocombustíveis e margens de lucro da distribuição e da revenda".

Aumento de impostos sobre os combustíveis A redução no preço anunciada pela Petrobras ocorre no contexto de recentes alterações tributárias. Um dia antes do anúncio, impostos federais foram reintroduzidos aos combustíveis. A Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis), juntamente com a Fecombustíveis (Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes) e o ICL (Instituto Combustível Legal), estimaram que esta reoneração tributária aumentaria o preço da gasolina nas bombas em R$ 0,34 por litro.
Esta medida foi implementada pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva como uma forma de atenuar o impacto nos preços dos postos de combustíveis, sem comprometer as finanças públicas. Vale lembrar que a desoneração tributária havia sido implementada anteriormente durante o governo de Jair Bolsonaro.
Mudanças na política de preços da Petrobras Além disso, a política de preços da Petrobras passou por mudanças significativas em maio de 2023, quando o presidente da estatal, Jean Paul Prates, anunciou o fim do PPI (Preço de Paridade de Importação), que vinculava os preços dos combustíveis no Brasil aos preços internacionais.
Contudo, a Petrobras não divulgou detalhes sobre como será a nova política de preços, limitando-se a dizer que “os reajustes continuarão sendo feitos sem periodicidade definida, evitando o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio”.
Rodrigo Saraiva, membro do conselho administrativo do Instituto Mises Brasil, afirmou que, caso a Petrobras não acompanhe o mercado internacional, poderá enfrentar “uma série de prejuízos”. Ele destacou que os custos desses prejuízos recairiam sobre todos os brasileiros através dos impostos.