Defesa de Bolsonaro acusa Mauro Cid de mentir sobre uso de perfil no Instagram

Advogados do ex-presidente apresentam ao STF evidências que ligam Cid à conta @gabrielar702, contrariando depoimentos anteriores

Por Plox

30/06/2025 19h22 - Atualizado há cerca de 7 horas

Na tarde desta segunda-feira, 30 de junho de 2025, a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro protocolou no Supremo Tribunal Federal (STF) um documento de 24 páginas no qual acusa o tenente-coronel Mauro Cid de prestar falso testemunho em relação ao uso de uma conta no Instagram.


Imagem Foto: Agência Brasil


Segundo os advogados, Cid teria mentido ao negar, em depoimento ao ministro Alexandre de Moraes, que utilizou redes sociais para tratar de sua colaboração premiada com a Polícia Federal. A conta em questão, identificada como @gabrielar702, teria sido usada para trocar mensagens com o advogado Eduardo Kuntz, representante de um ex-assessor de Bolsonaro.



A Meta, empresa responsável pelo Instagram, informou ao STF que o perfil @gabrielar702 foi criado com o e-mail [email protected], associado ao número de telefone de Mauro Cid e à sua data de nascimento. Além disso, os registros de IP indicam que o acesso à conta ocorreu a partir da vila militar em Brasília, onde Cid reside.



A defesa de Bolsonaro argumenta que essas evidências demonstram que Cid violou as cláusulas de seu acordo de delação premiada, que proíbem o contato com outros investigados e o uso de redes sociais para tratar do conteúdo da colaboração. Por isso, os advogados solicitam a anulação da delação de Cid.



O ministro Alexandre de Moraes, no entanto, rejeitou o pedido da defesa de Bolsonaro para atrasar o processo, afirmando que \"não será admitido tumulto processual\" e que a questão será analisada \"no momento adequado\".



\"As mentiras do delator não só têm se amontoado, como também são cada vez mais descaradas e, aparentemente, envolvem destruição de prova\", afirma a defesa de Bolsonaro no documento apresentado ao STF.


O caso segue em investigação, e a Procuradoria-Geral da República deverá se manifestar nos próximos dias sobre as alegações apresentadas.


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