Deputado Nikolas Ferreira critica voo de Alexandre de Moraes com Janja em aeronave da FAB

Parlamentar questiona imparcialidade do ministro do STF após viagem conjunta com a primeira-dama

Por Plox

30/06/2025 16h09 - Atualizado há cerca de 14 horas

No último dia 13 de junho, uma viagem realizada em uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) reuniu a primeira-dama Janja, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e o ministro da Justiça Ricardo Lewandowski. O voo partiu de Brasília às 9h15 e pousou no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, às 10h50, transportando 12 passageiros.


Imagem Foto: Câmara dos Deputados


A presença conjunta de Janja e Moraes na aeronave gerou críticas por parte do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG). Em publicação na rede social X, o parlamentar afirmou que o ministro do STF não demonstra o \"mínimo interesse em disfarçar\" afinidades políticas, especialmente enquanto julga o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), principal adversário político do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).



A assessoria de imprensa da primeira-dama confirmou que Janja viajou de carona no voo solicitado por Lewandowski para comparecer a uma consulta médica em São Paulo, sem custos adicionais para a União. Além disso, a esposa de Moraes, a advogada Viviane Barci, também estava a bordo.



A situação levou o deputado Kim Kataguiri (União-SP) a protocolar uma representação no Ministério Público Federal (MPF), solicitando investigação sobre possível uso indevido de aeronaves da FAB. Kataguiri argumenta que a utilização do avião por Janja e Moraes, sem vínculo funcional direto ou agenda oficial divulgada, pode configurar desvio de finalidade administrativa.



A Força Aérea Brasileira e o Ministério da Justiça não divulgaram a lista completa dos passageiros. No entanto, imagens obtidas mostram Janja, Moraes e Lewandowski desembarcando juntos no aeroporto. A assessoria de Moraes não se pronunciou sobre o assunto até o momento.



A polêmica destaca a sensibilidade em torno da utilização de recursos públicos por autoridades e reforça debates sobre transparência e imparcialidade no exercício de funções públicas.


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