Bolsonaro agradece expressiva quantia recebida via pix e volta a criticar decisões judiciárias

O evento também foi palco para o ex-chefe de estado externar suas insatisfações em relação a decisões judiciais

Por Plox

30/07/2023 07h03 - Atualizado há quase 2 anos

No último sábado (29), durante um evento do PL Mulher, realizado na capital catarinense, Florianópolis, o ex-presidente Jair Bolsonaro fez menção a um total de R$ 17,1 milhões que teriam sido depositados em suas contas bancárias via pix entre os dias 1º de janeiro e 4 de julho deste ano. Ao seu lado estavam presentes a ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, e o atual governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL).

 

Foto: Reprodução / Twitter

O relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) destacou que esse montante foi resultado de 769 mil transações distintas. Em suas palavras, o ex-presidente disse: “Muito obrigado a todos aqueles que colaboraram comigo no pix há poucas semanas. Mais do que o valor depositado, quase 1 milhão de pessoas colaboraram com R$ 0,01 a R$ 20 em média. Dá para pagar todas as minhas contas e ainda sobra dinheiro para a gente tomar um caldo de cana e comer um pastel com a dona Michelle”.

 

Críticas ao cenário político e reforma tributária

O evento também foi palco para o ex-chefe de estado externar suas insatisfações em relação a decisões judiciais. Bolsonaro aludiu à decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que lhe retirou os direitos políticos por um período de oito anos, tornando-o assim inelegível. “Triste o país onde autoridades do Judiciário punem os seus cidadãos não pelos seus erros, mas pelas suas virtudes. Me tiraram o direito político, mas isso não nos abala. Temos milhares de sementes por todo o Brasil”, pontuou.

Não foi apenas o TSE que recebeu críticas. Bolsonaro também fez alusão a uma recente declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva: “Esse cara não sabe o que é liberdade, não sabe o que é democracia, o que é prosperar”.

Outro tema abordado pelo ex-presidente foi a reforma tributária, a qual foi aprovada pela Câmara dos Deputados em 6 de julho e, atualmente, está sob avaliação do Senado. Bolsonaro criticou a iniciativa, dizendo: “triste o país que dá carta branca para uma pessoa escolher a carga tributária”. Vale ressaltar que, apesar da posição contrária de Bolsonaro, 20 dos 99 deputados federais do PL votaram favoráveis à reforma. No Senado, uma parcela dos representantes também estuda apoiar a proposta.

 

 

Destaques