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Economia

Desemprego em queda, mas vagas de qualidade em desaceleração: o que os números não mostram

Bruno Imaizumi, economista da LCA, destaca que "as empresas estão sofrendo para criar vagas de qualidade"

30/07/2023 às 10:35 por Redação Plox

No último ano, o Brasil vivenciou uma tendência positiva no que diz respeito à taxa de desocupação. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), houve uma considerável redução, de 14,9% no início de 2021 para 8% no segundo trimestre de 2023. Contudo, essa melhoria não reflete a realidade de muitos brasileiros que buscam um emprego formal.

O mercado formal mostra sinais de desaceleração, segundo um levantamento da LCA Consultores. O número de pedidos de seguro-desemprego alcançou quase 7 milhões nos últimos 12 meses que terminaram em junho, um valor superior ao período anterior à pandemia da Covid e que ultrapassa a média de 2018 e 2019. Bruno Imaizumi, economista da LCA, destaca que "as empresas estão sofrendo para criar vagas de qualidade", o que pode ser influenciado pela alta dos juros, que faz com que o empresário repense investimentos.

Foto: Reprodução

 

Bruno Imaizumi ressalta que o mercado tem mostrado resistência e ainda cria vagas, mas está em clara desaceleração. Uma das preocupações é se o número de pedidos de seguro-desemprego continuará crescendo. A presença recorde de informalidade, que já ultrapassou 40% em vários trimestres, acende um sinal de alerta.

Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) reforçam essa preocupação. Embora tenham sido gerados 157,19 mil empregos formais em junho, no acumulado do primeiro semestre deste ano foram criadas 1,02 milhão de vagas, uma queda de 26,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

 

Economia e as perspectivas de crescimento: onde o Brasil pode se firmar.

O cenário econômico brasileiro traz uma perspectiva desafiadora para o futuro próximo. Mesmo com um primeiro trimestre que apresentou crescimento surpreendente do Produto Interno Bruto (PIB), especialistas acreditam que o agronegócio não repetirá o bom desempenho da supersafra de início de 2023, e que outros setores também não terão impulso suficiente para um crescimento sólido. Bruno Imaizumi comenta que em países desenvolvidos, os pedidos de seguro-desemprego são vistos como indicadores do mercado formal e podem refletir a percepção das empresas sobre a economia.

Por outro lado, o governo federal busca alternativas para mudar essa postura mais reservada dos empresários. Na pauta, encontram-se a aprovação do arcabouço fiscal, o avanço da reforma tributária e, possivelmente, a redução da taxa básica de juros. O mês de agosto promete ser crucial para essas decisões, com o retorno das atividades parlamentares e a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que pode optar pela primeira redução da Selic em dois anos.

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