Desvio de recursos: Estudante de universidade paulista é investigada

Durante o ano de 2022, R$ 25,7 mil foram arrecadados em eventos e festas promovidos pela atlética do Mackenzie

Por Plox

30/07/2023 07h45 - Atualizado há quase 2 anos

Uma estudante do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Mackenzie está sob investigação da Polícia Civil de São Paulo por suspeitas de apropriação indébita de fundos. Conforme relatos, a jovem ocupava o cargo de tesoureira de associações atléticas universitárias e teria desviado a quantia expressiva de R$ 62,5 mil.

O montante desviado se desdobra em R$ 3.921,61 da Associação Atlética Acadêmica Arquitetura Mackenzie e R$ 58.583,61 de entidades esportivas participantes do Interfau, uma competição esportiva que reúne faculdades de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo. Esse torneio tem como propósito fortalecer o relacionamento entre os estudantes por meio de atividades esportivas.

Desde setembro do ano anterior, colegas e entidades afetadas expressaram dificuldades em contatar a suspeita. Descobriu-se posteriormente que a mesma havia embarcado para uma viagem à Disney. O último contato com a aluna foi registrado em uma assembleia realizada em março do corrente ano.

 

 Foto: Reprodução/Instagram

Ação e Reação das Entidades Estudantis

As entidades estudantis têm enfrentado cobranças de serviços e fornecedores contratados para os jogos. Alegações apontam que a dívida real poderia ser ainda mais significativa do que os valores divulgados inicialmente.

"Ela teve inúmeras oportunidades para devolver o dinheiro e, mesmo assim, não o fez. É muito triste uma jovem estudante não demonstrar qualquer preocupação com o prejuízo que causaria aos seus colegas”, relatou Simone Haidamus, advogada que representa os estudantes prejudicados.

Durante o ano de 2022, R$ 25,7 mil foram arrecadados em eventos e festas promovidos pela atlética do Mackenzie. A estudante, na qualidade de tesoureira, era responsável pela gestão desses recursos. Em vez de depositar o dinheiro em uma conta jurídica, que implicaria taxas, ela optou por contas pessoais. Os colegas relataram tentativas repetidas de contato e cobrança, que se mostraram infrutíferas.

Em um desdobramento curioso, foi identificada a abertura de uma empresa no ramo de treinamento profissional registrada em Brasília, com a suspeita como proprietária. Tentativas de contato com o número associado à empresa não trouxeram informações adicionais.

Dando continuidade ao imbróglio, uma videoconferência foi realizada em janeiro de 2023, na qual a estudante teria admitido estar em posse dos valores desviados. Uma subsequente reunião foi agendada, mas a suspeita não compareceu. Em uma assembleia em março, a estudante teria informado que estava em posse de R$ 44 mil e prometeu devolver, compromisso este que não foi cumprido, segundo a defesa dos alunos.

Ao momento, a defesa da estudante não foi localizada para comentários. A investigação prossegue no 4º Distrito Policial da Consolação, região central de São Paulo.

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