Dupla é condenada a mais de 13 anos de prisão por tráfico de drogas em São João do Oriente
Justiça reconhece liderança criminosa e impõe penas severas a dois homens por atuação no tráfico de drogas em distrito mineiro
Por Plox
30/07/2025 08h56 - Atualizado há 3 dias
Durante uma operação detalhada realizada entre 2022 e 2024, a Polícia Militar desvendou um esquema de tráfico de drogas no Distrito de Santa Maria do Baixio, em São João do Oriente, interior de Minas Gerais. O esquema era liderado por Alessandre de Sousa Carvalho e contava com a colaboração ativa de Sandro Carlos Lopes.

A Justiça da Comarca de Inhapim acolheu integralmente a denúncia apresentada pela 2ª Promotoria de Justiça local, conduzida pelo Promotor de Justiça Jonas Junio Linhares Costa Monteiro. Ambos os acusados foram condenados pelos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico, conforme os artigos 33 e 35 do Código Penal, combinados com o artigo 69.
As investigações indicaram que os réus atuavam de forma estruturada e contínua, promovendo a venda de cocaína em diferentes momentos. A atividade criminosa se destacava pela organização: as drogas eram escondidas em áreas de mata e apresentavam um padrão uniforme de embalagem. A operação da Polícia Militar incluiu ação controlada com registros em vídeo e apreensões durante abordagens a usuários, o que forneceu provas contundentes da prática reiterada do crime.
\"A condenação representa uma resposta firme e necessária do Estado ao tráfico de drogas, que afeta diretamente a segurança e a tranquilidade das comunidades do interior\", destacou o Promotor Jonas Monteiro
. As investigações também revelaram que crianças estavam presentes em algumas das ocasiões em que os entorpecentes eram movimentados.
Durante o julgamento, a Justiça reconheceu que Alessandre exercia papel de liderança na associação criminosa, enquanto Sandro desempenhava funções de apoio. Em razão do vínculo estável e permanente com o tráfico, a possibilidade de aplicação do chamado tráfico privilegiado foi afastada.
As penas foram estabelecidas em 13 anos e 4 meses de reclusão, em regime fechado, para Alessandre de Sousa Carvalho. Já Sandro Carlos Lopes recebeu pena de 10 anos e 8 meses, também em regime fechado. Ambos seguem presos preventivamente desde o dia 4 de julho de 2024.
A decisão judicial ressalta o compromisso do Ministério Público com a promoção da justiça criminal e a repressão ao tráfico de drogas, reforçando sua missão de proteger a saúde pública e combater organizações criminosas que ameaçam o bem-estar coletivo.