Acusado de matar sargento é solto pela Justiça, mas permanece internado

A juíza Rosângela Monteiro, da 7ª Vara Criminal de Belo Horizonte, determinou a soltura de Welbert de Souza Fagundes em um processo de furto, o que não modificará sua situação atual, já que ele continuará internado em um hospital psiquiátrico devido à acusação de homicídio. Fagundes é acusado de matar o sargento Roger Dias, e a decisão, concedida nesta terça-feira (29), refere-se apenas ao caso de furto, suspenso desde maio após questionamentos sobre sua sanidade mental.

A avaliação pericial recomendou a internação psiquiátrica do acusado ou, caso não fosse viável, um acompanhamento psicológico intensivo até a estabilização de seu quadro. A juíza justificou a revogação da prisão preventiva com o argumento de que o furto imputado a Fagundes não envolve violência ou grave ameaça, em conformidade com o artigo 319, VII, do Código de Processo Penal.

Na decisão, a magistrada afirmou: "Não há motivos para a manutenção da custódia cautelar, nestes autos". Ressaltou também que o réu já possui endereço fixo e permanece internado conforme decisão do 2º Tribunal do Júri, que em 8 de outubro deste ano ordenou sua transferência para o hospital psiquiátrico, o que minimiza riscos de interferência no processo ou na aplicação da lei.

Bruno Torres, advogado de defesa de Fagundes, considerou a decisão dentro das expectativas e destacou que ela não afeta de forma significativa o acusado, uma vez que ele permanece detido pelo homicídio. Torres ressaltou ainda que, por se tratar de crime hediondo, a revogação da custódia não se aplicaria ao caso de homicídio.

Além dessas acusações, Fagundes já possui uma condenação de 10 anos por um caso de roubo ocorrido momentos antes do homicídio, o que desencadeou a abordagem policial que resultou na morte do sargento.