Médicos alertam sobre riscos do ‘botox da Barbie’ para movimento da cabeça
Procedimento estético não é recomendado para reduzir ombros e pode afetar o controle da cabeça
Por Plox
30/10/2024 08h32 - Atualizado há 22 dias
Uma nova tendência estética chamada "botox da Barbie" tem circulado nas redes sociais com a promessa de reduzir visualmente o tamanho dos ombros, proporcionando a aparência de um pescoço alongado semelhante ao da famosa boneca. No entanto, médicos advertem que esse procedimento pode gerar complicações graves, incluindo a incapacidade de erguer a cabeça.
A técnica utiliza a aplicação de toxina botulínica no músculo trapézio, estrutura que se estende das costas ao pescoço e ombros. Originalmente, essa prática é voltada para pessoas que sofrem de hipercontratura do trapézio, uma condição de contração muscular extrema causada por estresse ou postura inadequada. Nesse contexto, pequenas doses de toxina botulínica promovem relaxamento muscular e alívio da tensão local.
Apesar disso, o uso apenas estético é desaconselhado pelo Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp), que destaca riscos associados ao procedimento, como dificuldades para elevar as escápulas, paralisia do músculo e perda do controle sobre o movimento da cabeça. O Cremesp ainda reforça que pessoas com o trapézio atrofiado não devem se submeter à aplicação.