PF identifica falhas na segurança do Distrito Federal em ataques de 8 de janeiro
Relatório foi enviado ao STF e aguarda manifestação da PGR
Por Plox
30/10/2024 07h27 - Atualizado há 7 dias
A Polícia Federal (PF) enviou um relatório ao Supremo Tribunal Federal (STF) destacando “falhas evidentes” na atuação das forças de segurança do Distrito Federal durante os ataques aos Três Poderes, ocorridos em 8 de janeiro de 2023. A investigação aponta uma série de problemas, e o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF, encaminhou o documento à Procuradoria-Geral da República (PGR) para análise e manifestação.
Entre os pontos destacados pela PF está a ausência do ex-secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres, que estava em viagem de férias em Orlando, nos Estados Unidos, na data do ataque. Torres havia sido nomeado para o cargo após deixar o Ministério da Justiça no governo Jair Bolsonaro e foi preso ao retornar ao Brasil. Em maio de 2023, ele recebeu liberdade provisória concedida pelo Supremo, mas permanece sob investigação.
Além de Torres, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, também é alvo das investigações. Ambos foram ouvidos pela PF e negam as falhas apontadas no relatório.
O documento sublinha a “falta de ações coordenadas” e a “restrição na difusão de informações cruciais” como aspectos que contribuíram para a “ineficiência das forças de segurança” no dia do ocorrido. A PF reforça que a ausência de liderança e a falta de uma estratégia de atuação, aliadas a uma difusão limitada de informações essenciais contidas no Relatório de Inteligência n.º 06/2023, foram determinantes para a baixa eficácia da resposta dos agentes de segurança.