Política

Megaoperação no Rio causa mais de 120 mortes e divide PT

Ação das forças de segurança expõe divergências internas no partido e intensifica debate sobre estratégias para o combate ao crime organizado

30/10/2025 às 08:09 por Redação Plox

A aprovação da megaoperação das forças de segurança do Rio de Janeiro, que terminou com mais de 120 mortos, gerou divergências entre lideranças petistas no estado. O presidente do PT no Rio e prefeito de Maricá, Washington Quaquá, defendeu a ação, mas destacou a necessidade de mais planejamento e integração entre os diferentes níveis de governo.

Washington Quaquá, prefeito de Maricá, aprova a operação, mas solicita um planejamento mais integrado

Washington Quaquá, prefeito de Maricá, aprova a operação, mas solicita um planejamento mais integrado

Foto: Reprodução


Presidente do PT no Rio defende ação, mas cobra planejamento conjunto

Em vídeo publicado nas redes sociais na quarta-feira (29), Quaquá classificou a operação como “necessária” no combate ao domínio de facções criminosas, porém questionou a condução do processo e criticou a tentativa de transferir responsabilidades para o governo federal.

Segundo ele, a articulação entre municípios da Região Metropolitana, o governo do estado e a esfera federal precisa ser fortalecida para ações desse porte. O prefeito avaliou que seria importante envolver as guardas municipais e criar uma força-tarefa integrada.

Divergências internas entre petistas

A posição de Quaquá difere da de outros representantes do PT no Rio, como Lindbergh Farias, o deputado Reimont e a deputada Benedita da Silva, pré-candidata ao Senado, que têm feito críticas à operação.

Quaquá também alertou sobre o risco de politização do episódio, defendendo que autoridades de todos os poderes atuem em conjunto no enfrentamento à criminalidade.

Repercussão nacional

Em Brasília, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou que o presidente Lula ficou “estarrecido” com a quantidade de mortes registradas na ação policial contra o Comando Vermelho. O alto número de vítimas reacendeu debates sobre a estratégia de enfrentamento ao crime organizado no Rio de Janeiro.

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