A companhia panamenha Copa Airlines informou que continuará operando no espaço aéreo da Venezuela, mesmo após os alertas e ameaças do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que elevou o tom contra o país sul-americano e mencionou a possibilidade de um conflito armado.

Em comunicado, a empresa destacou que as operações seguem ativas no território venezuelano e que os voos são realizados apenas durante o dia, sob altos níveis de alerta e precaução.

as operações de voo no espaço aéreo venezuelano permanecem abertas e que a companhia opera com altos níveis de alerta e precaução, somente durante o dia

Copa Airlines

A Copa Airlines também afirmou manter contato constante com a FAA (Administração Federal de Aviação), que, segundo a companhia, não alterou seu nível oficial de alerta nem sua posição regulatória em relação à Venezuela.

A escalada das tensões levou a FAA a divulgar, no dia 21, um comunicado em que aponta condições “potencialmente perigosas” para a manutenção de atividades aéreas no país venezuelano.

Mesmo assim, a Copa Airlines reiterou que suas operações seguem normais até o momento e que qualquer mudança será informada aos clientes. A companhia orientou passageiros com voos partindo de Caracas a acompanharem atualizações pelos canais oficiais.

Ataques de Trump ao espaço aéreo venezuelano

Na manhã de sábado (29), Donald Trump anunciou o fechamento total do espaço aéreo da Venezuela. A declaração foi feita em meio ao agravamento da crise diplomática entre Washington e Caracas.

Em mensagem direcionada a companhias aéreas, pilotos e outros grupos, Trump afirmou que o espaço aéreo “acima e ao redor da Venezuela” deveria ser considerado totalmente fechado, reforçando a pressão política e simbólica sobre o país.

Chanceler venezuelano reage e denuncia ameaça

O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yván Gil Pinto, reagiu às declarações de Trump e classificou as falas do republicano como uma “ameaça colonialista”, em publicação feita por um canal oficial do ministério.

No texto, o governo venezuelano também descreve a posição dos Estados Unidos como “extravagante, ilegal e injustificada”, acusando Washington de tentar minar a soberania do espaço aéreo do país com o que chama de “jurisdição ilegítima”.

Segundo o comunicado, as declarações norte-americanas seriam parte de uma tentativa de impor ordens externas e ameaçar a integridade do governo venezuelano, em um contexto já marcado por sucessivas disputas políticas e diplomáticas.