Jotta A celebra transição e revela detalhes da cirurgia de redesignação sexual
Cantora trans abriu o coração ao compartilhar os desafios enfrentados no processo de transição e detalhes sobre a cirurgia
Por Plox
30/12/2024 09h55 - Atualizado há 4 meses
Ella Viana de Holanda, antes conhecida como Jotta A no meio gospel, celebrou a realização de um marco pessoal importante: a cirurgia de redesignação sexual. A cantora compartilhou detalhes do procedimento em um vídeo publicado recentemente em seu canal no YouTube, onde narrou a trajetória de quase três anos desde o início de sua transição. A cirurgia foi realizada em uma clínica especializada em Santa Catarina e representou, segundo Ella, um passo crucial para alinhar seu corpo ao gênero com o qual se identifica.

Reflexão sobre disforia de gênero
Em seus Stories no Instagram, Ella explicou o impacto da cirurgia em sua vida, descrevendo como a disforia de gênero afetava sua relação com o próprio corpo desde a infância. “Desde criança, eu sofria por não reconhecer o meu corpo. Mas só na fase adulta eu tive acompanhamento com um psicólogo e psiquiatra que me atestaram com disforia de gênero, e então eu pude saber sobre a cirurgia. Vale ressaltar que nem todas trans precisam fazer a cirurgia, somente as que têm disforia de gênero assim como eu tinha”, afirmou a cantora.
A importância da informação
Ella aproveitou o espaço para destacar a importância de disseminar conhecimento sobre o tema. “Porque apesar de estarmos no século XXI, ainda existe muita desinformação. Eu, por exemplo, se tivesse informações na infância, teria evitado tardar esse processo de reconexão com quem eu sempre fui. Hoje você pode ter acesso a essa cirurgia (apesar da grande fila) através do SUS, por exemplo”, relatou.
Cirurgia e reconstrução de identidade
A cantora também chamou atenção para a natureza do procedimento, que vai além de uma simples intervenção estética. “Essa cirurgia não é uma cirurgia plástica. É uma cirurgia de reconstrução de identidades. Algo que vale a pena compartilhar para que outras pessoas que sonham com isso tenham acesso à informação”, concluiu Ella, reforçando a relevância de sua experiência para outras pessoas da comunidade trans.